A Universidade Federal de Viçosa (UFV), em parceria com a Fundação Renova, está desenvolvendo três pesquisas sobre os impactos no solo causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana. Os estudos dos professores Maria Catarina Kasuya, Sebastião Venâncio e Carlos Schaefer mostram a eficácia de microrganismos para melhorar a qualidade das mudas de espécies nativas para restauro florestal, as técnicas mais eficazes para recuperar áreas atingidas pelo rejeito e apontam que não há restrição para plantio ou atividades agrícolas em propriedades recuperadas. |
Pesquisa liderada pela professora e especialista em microbiologia do solo da UFV, Maria Catarina Kasuya, mostra os benefícios da revegetação emergencial para o enriquecimento do solo, provocando o aumento dos microrganismos, como fungos e bactérias. Quando esses microrganismos benéficos são inoculados no substrato, eles contribuem para o crescimento e desenvolvimento das mudas. Além disso, auxiliam o estabelecimento e sobrevivência quando elas são transferidas para o campo, o que pode favorecer a restauração florestal da bacia do rio Doce. Leia mais |
A pesquisa do professor Sebastião Venâncio, que coordena o Laboratório de Restauração Florestal da UFV, trabalha com experimentos em áreas de Mariana (MG) para avaliar, por meio de bioindicadores, a eficácia de diferentes técnicas de restauração das áreas atingidas com rejeito da barragem de Fundão. As avaliações têm indicado “forte regeneração natural, com boa diversidade de espécies sobre o rejeito”, explica o professor. A pesquisa também contribuiu com a definição de indicadores para o monitoramento do processo de reparação. Escute a entrevista. |
O professor da UFV Carlos Schaefer e sua equipe monitoram, desde 2015, o solo diretamente atingido pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG). Após quatro anos de pesquisas, que geraram resultados sobre a toxicidade do solo e a natureza do rejeito depositado, Schaefer afirma que não há razão para temor, nem limitações e riscos para plantio nas propriedades atingidas pelo rejeito. Para realizar os estudos, a equipe do professor monitora mais de 60 pontos, distribuídos entre a barragem de Fundão e a Usina Hidrelétrica Risoleta Neves (Candonga). Assista ao vídeo. |
Fonte |