Prof. Dr. Luiz Augusto Carneiro D’Albuquerque, do Hospital 9 de Julho, explica aumento de casos e como é feito o diagnóstico |
São Paulo, setembro de 2020 —A mudança nos hábitos de vida e alimentares das últimas décadas, que fez crescer de forma preocupante os índices de obesidade, está também impactando a saúde do fígado. No Brasil e em outros países do mundo vem aumentando rapidamente o número de transplantes de fígado em consequência do excesso do depósito de gordura no órgão. O problema é chamado Esteato-hepatite não alcoólica (NASH, do inglês Nonalcoholic Steatohepatitis) e se dá principalmente pelo acúmulo de gordura abdominal. Diabetes e aumento de colesterol e triglicerídeos no sangue também têm papel relevante nesse quadro. O depósito provoca alterações no órgão e pode evoluir para cirrose e, eventualmente, câncer hepático. O Prof. Dr. Luiz Augusto Carneiro D’Albuquerque, cirurgião do aparelho digestivo e especialista em transplantes de fígado e órgãos do aparelho digestivo do Hospital 9 de Julho, explica que, durante muito tempo, as doenças que levavam a transplante de fígado em maior número eram cirrose alcoólica e câncer, mas o cenário vem mudando em ritmo acelerado. Nos Estados Unidos, estudos apontam que a NASH pode afetar até 12% da população e já é a principal causa de transplantes desse órgão entre mulheres e pessoas idosas e a segunda causa de câncer primário de fígado. O mesmo fato também começa a ser observado no Brasil. A Esteato-hepatite não alcoólica é, na maioria dos casos, uma doença assintomática ou pode provocar uma leve dor abdominal. “O diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais e de imagem, como ultrassonografia, tomografia e ressonância magnética, que vão mostrar o órgão aumentado e as alterações no exame físico e exames de sangue, que caracterizam uma síndrome metabólica. Eles são associados ao histórico do paciente, analisando seu estilo de vida, alimentação, consumo de álcool, entre outros fatores”, explica Dr. Carneiro. Caso esse conjunto de informações ainda não seja suficiente, uma biópsia no órgão pode ser necessária. Por se tratar de uma doença silenciosa, o especialista alerta que é fundamental realizar exames periódicos de prevenção para acompanhar a saúde do fígado. Pessoas com obesidade, sobrepeso, gordura localizada no abdômen e doenças crônicas como diabetes devem dar atenção especial com consultas periódicas ao seu médico. Ainda não existem medicamentos eficazes para combater o acúmulo de gordura no fígado. Quando diagnosticado, para evitar que ele evolua para cirrose, o problema deve ser controlado com uma mudança significativa nos hábitos de vida com enfoque principal em perda de peso e com alimentação balanceada evitando alimentos muito gordurosos ou ultraprocessados, controle dos índices de glicose, colesterol e triglicérides no sangue e prática de atividade física. Sobre o Hospital 9 de JulhoFundado em 1955, em São Paulo, o Hospital 9 de Julho é referência em medicina de alta complexidade com destaque para as áreas de Neurologia, Oncologia, Onco-hematologia, Gastroenterologia, Urologia, Trauma e Ortopedia. Com cerca de 2,5 mil colaboradores e 5 mil médicos cadastrados, o hospital possui 470 leitos, sendo 102 leitos nas Unidades de Terapia Intensiva, Centro Cirúrgico com capacidade para até 22 cirurgias simultâneas, inclusive com duas salas híbridas (com equipamento de Hemodinâmica e Ressonância Magnética) e três para robótica, incluindo a Sala Inteligente, que permite a realização de cirurgias em sequência. Além disso, oferece atendimento ambulatorial no Centro de Medicina Especializada com mais de 50 especialidades e 12 Centros de Referência: Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional; Rim e Diabetes; Cálculo Renal; Cardiologia; Oncologia; Gastroenterologia; Controle de Peso, Infusão, Medicina do Exercício e do Esporte; Clínica da Mulher; Longevidade, Doenças Inflamatórias Intestinais (CDII) e Trauma. O Hospital 9 de Julho pertence à Rede Ímpar que possui 7 hospitais nos estados de São Paulo (Hospital Santa Paula e H9J), Rio de Janeiro (Hospital São Lucas Copacabana e Complexo Hospitalar de Niterói – CHN) e Distrito Federal (Hospital Brasília, Maternidade Brasília e Hospital Águas Claras) e que se uniu à DASA, líder em medicina diagnóstica no Brasil e GSC Integradora de Saúde. A instituição possui certificação internacional de qualidade, conferida pela maior acreditadora de qualidade do mundo, a Joint Commission International – JCI, desde 2012. Sua unidade de Transplante de Medula Óssea, atualmente, é a única no mundo com a linha de cuidado certificada pela JCI. Informações para a ImprensaRPMA Comunicação: dl-h9j@rpmacomunicacao.com.br Juliana Zambelo – (11) 98536-8149Paula Carone – (11) 99656-7339 |