Em 19 de março é comemorado o Dia do Artesão, data em que a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) celebra, também, o aniversário de inauguração do Centro de Arte Popular (CAP), localizado em Belo Horizonte. Na data, será realizada a primeira edição do “CAP Convida”, programa de lives que trará discussões a respeito de temas ligados ao universo da arte popular.
Fabiano Lopes, profissional da instituição, mediará a conversa com o pesquisador Ricardo Gomes Lima, às 19h dessa sexta-feira (19/3) no perfil do CAP no Instagram. Ele é responsável pela linha curatorial antropológica do equipamento. A palestra abordará a construção da proposta curatorial do Centro de Arte Popular, a partir da perspectiva antropológica.
Ricardo Gomes Lima é Doutor em Antropologia, professor do Instituto de Artes e do Programa de Pós-Graduação em Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e pesquisador de Cultura, Artesanato e Artes Populares.
Localizado nas adjacências da Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, o Centro de Arte Popular exibe ao público a riqueza da cultura produzida pelos artistas populares de Minas Gerais. A instituição tem por objetivo divulgar a pluralidade e a diversidade cultural mineira, dinamizando a produção, o consumo e a fruição artística, além de atuar como poderoso agente de inclusão social.
Para Leônidas Oliveira, secretário de Estado de Cultura e Turismo, “o Centro de Arte Popular é o espaço para quem deseja se aprofundar nas raízes da nossa cultura, em toda sua diversidade, dando voz aos artistas populares por meio de sua produção, proporcionando aos visitantes conhecer não só o acervo do museu, mas também vivenciar a originalidade e a criatividade do artista mineiro”.
Inaugurado em 19 de março de 2012, o CAP integra o Circuito Liberdade e seu acervo é composto por objetos confeccionados em madeira, cerâmica, tecido, fibras naturais, pedras, além de outros suportes e linguagens. A originalidade e a criatividade do artista popular mineiro estão ao alcance dos olhos dos visitantes, assim como o domínio do fazer artístico sobre as matérias-primas proporcionadas pela natureza.
Produzida de forma espontânea, sem determinação direta dos circuitos acadêmicos de transmissão de saberes e geralmente oriunda dos estratos populares da sociedade, a arte popular revela autonomia e capacidade de subversão em relação aos cânones ditados pelo saber erudito, a despeito do constante fluxo e das trocas que permeiam essas instâncias.
A instituição conta com um programa de ação educativa permanente e produz exposições temporárias, oficinas e eventos diversos relacionados às diversas expressões da arte criadas pelo homem ao longo dos tempos no território que corresponde ao Estado de Minas Gerais.
Museu dos Militares Mineiros preserva a memória da Polícia Militar e dos Bombeiros de Minas
Apresentar uma parte da história da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, preservando e difundindo a memória dessas instituições. Com essa premissa foi criado o Museu dos Militares Mineiros, espaço cultural integrante do Circuito Liberdade, sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, e que comemora sete anos nesta sexta-feira (19/3). São mais de 800 itens no acervo, sendo cerca de 30% deles permanentemente em exposição para os visitantes.
Localizado na Rua Aimorés, 698, na capital mineira, o museu foi inaugurado em 2014, após demanda pela organização de acervos públicos e particulares existentes. De acordo com o analista de gestão do governo, Rodrigo Faleiro, tudo está inventariado, identificado e acondicionado de maneira adequada para preservar a memória dessas duas instituições.
“O museu cumpre uma missão pública e institucional de preservar a história dos militares. A PM e os Bombeiros detêm um acervo de qualidade que deve ser exposto para a sociedade, promovendo o diálogo entre a população e visitantes com essas instituições, principalmente sobre o papel desses profissionais no exercício da função, que é de manter a segurança e amparar a sociedade de maneira social e educativa”, ressalta.
Entre os itens do acervo estão uniformes, medalhas, armamentos, fotografias, instrumentos musicais, viaturas e equipamentos de campanhas, além de alguns documentos importantes não só para as corporações, mas para a cultura de Minas. “O acervo do museu é rico para quem deseja conhecer mais sobre a história da PMMG, que se mistura com a própria história do Brasil, pois é a mais antiga do país, tendo sido criada em 1775”, explica Rodrigo Faleiro.
O Museu dos Militares Mineiros conta, por exemplo, com um documento original de Tiradentes, que é o mártir da Polícia Militar de Minas, e um documento assinado por Dom Pedro II, representante dos Bombeiros. Outro destaque no museu são os depoimentos em vídeo de militares e também de pessoas que vieram experiências de salvamento marcantes com bombeiros e policiais, uma maneira de humanizar o trabalho dessas instituições.
Em fevereiro deste ano, o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, e o comandante Geral da Polícia Militar de Minas Gerais, Coronel Rodrigo Rodrigues, assinaram termo de cessão de 685 bens móveis de propriedade da Polícia Militar, para guarda e exposição no Museu dos Militares Mineiros. O documento também regulariza o inventário do espaço e reforça a importância da conservação, preservação e divulgação do acervo para a população, cumprindo o papel primordial das instituições museológicas.
De acordo com o secretário Leônidas Oliveira, o acervo do museu preserva a memória das corporações e representa a história de Minas Gerais. “A história da polícia militar em Minas se confunde com a do próprio Brasil, sendo a nossa instituição pioneira. O museu possui esse papel, de resgate da história, valorização dos bens materiais e imateriais da corporação. É um museu onde se interpreta, à luz da história de Minas, a polícia como uma instituição na qual desde a música, a proteção as pessoas e até a salvaguarda do patrimônio cultural são preponderantes”.
O prédio onde está localizado o museu abrigava anteriormente a sede da Justiça Militar do Estado e é tombado pelo patrimônio histórico de Belo Horizonte. Como os demais espaços culturais da Secult, o museu permanece fechado para visitação devido às restrições impostas pela pandemia. No entanto, é possível conhecer mais sobre o acervo e a história do Museus dos Militares Mineiros virtualmente, nas redes sociais da instituição.
Link para download das imagens: https://we.tl/t-Xq0kDLoE0L
Imagens: Acervo Secult
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