Nova Onda do Covid e a Síndrome do Pânico

    Como Está a Saúde Mental em 2021 Diante da Atual Situação da Pandemia? Por que Devemos Nos Preocupar Com a Síndrome do Pânico?

    Iniciamos o ano de 2021 com toda a problemática da pandemia, com as consequências da quarentena em todos os setores. E não está sendo diferente com a saúde mental, já que os casos de transtornos mentais, ansiedade e síndrome do pânico estão aumentando vertiginosamente.

    A Associação Brasileira de Psiquiatria, em recente pesquisa, aponta que 89% dos psiquiatras diagnosticaram o agravamento dos sintomas de depressão durante a quarentena. E 70% desses profissionais já receberam, desde o início da pandemia, novos pacientes com quadros depressivos e de ansiedade.

    Dra. Gesika Amorim, Médica Neuropsiquiatra, especialista em Tratamento Integral do Autismo e Neurodesenvolvimento explica que: Os sintomas do “pânico “ são decorrentes de um transtorno de ansiedade. Existe o Transtorno de Ansiedade com episódios de pânico e a Síndrome de Pânico, quando porventura esses episódios se tornam constantes.

    Em outra pesquisa, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostrou que 47,3% dos trabalhadores, chamados essenciais, analisados pela fundação, mostraram sintomas de ansiedade e depressão durante a pandemia, tanto no Brasil como na Espanha. E um pouco mais da metade deles, cerca de 27,4%, sofrem, ao mesmo tempo, de ansiedade e depressão.

    No total, 44,3% apresentaram abuso de bebidas alcóolicas e 42,9% tiveram o sono comprometido. E 30,9% já passaram por algum tratamento mental ou foram diagnosticados em 2020.

    Além da Síndrome do Pânico, a Síndrome de Burnout, que apresenta sintomas parecidos com a síndrome de Pânico, tem afetado aquelas pessoas que continuam trabalhando em home office. Esse esgotamento profissional é devido às mesmas consequências do isolamento social, das incertezas do futuro, além das cobranças para alcançarem resultados e da limitação do trabalho remoto, que invariavelmente invade os momentos de lazer e descanso, uma vez que este acontece em teoria, 24 horas e dentro de casa- Explica a especialista, Dra. Gesika Amorim.

    E parecem ser justamente as medidas preventivas como o isolamento social, a suspensão de serviços e a mudança de rotina é que estão potencializando esses transtornos mentais.

    Não apenas a falta de luz do sol e do contato com familiares e entes queridos, mas a falta de perspectiva com o futuro, o desemprego, o medo de ser infectado ou de perder algum familiar que acabam levando as pessoas ao limite.

    Lembrando que a Síndrome do Pânico é uma doença em que a pessoa sofre crises repentinas de ansiedade com a sensação do desespero e do medo, apresentando inclusive sintomas físicos e emocionais. Essas crises podem ser tão fortes que a pessoa fica paralisada diante da intensidade dessas sensações.

    São as manifestações clínicas sistêmicas no corpo da ansiedade; ataque cardíaco, sudorese, a sensação de morte iminente, a falta de ar, o aperto no peito, a alteração de pressão arterial, taquicardia, tremores, náuseas e vômitos.  Isso tudo são sintomas de episódios de pânico que ao se tornarem frequentes, acompanhados da crescente preocupação com o retorno destas, culminam com a Síndrome do Pânico – complementa a Dra. Gesika Amorim.

    E muitas vezes, esses transtornos mentais surgem de maneira mais leve e vão se agravando em pouco tempo. É como uma mal invisível que chega muitas vezes, sem que a pessoa, ou mesmo os seus familiares, percebam a gravidade da situação.

    Mesmo havendo medicamentos para o tratamento profilático e vacinas já estejam sendo fabricadas e distribuídas, as pessoas seguem acometidas pelo MEDO, gerando depressão e pânico.

    É de suma importância a procura de ajuda profissional, e um preciso diagnostico diferencial entre patologias físicas causadoras dos sintomas e a síndrome do Pânico. Por isso, ao menor sinal de qualquer uma destas ocorrências, não espere. Procure um médico, alerta a Dra. Gesika.

    CRÉDITOS:

    Dra Gesika Amorim é Neuropsiquiatra, pós graduada em psiquiatria, e neurologia clínica. É também pediatra com ênfase em saúde mental e neurodesenvolvimento infantil. Homeopata e pós graduada em Medicina Ortomolecular. É também referência no Tratamento de TEA- Transtorno do Espectro Autista com utilização de HDT – Homeopatia Detox – Tratamento Integral do Autismo E Medicina Integrativa .

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