Nos últimos dias o senador mineiro teve apoio declarado do PSD e PROS
Após o candidato à presidência do Senado Rodrigo Pacheco (DEM) obter o segundo apoio de bancada em dois dias seguidos, o MDB decidiu se insurgir contra a postura do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e passou a enxergar uma aliança com o PSDB como fundamental para se manter na disputa. Pacheco é o candidato do atual presidente da Casa, senador Davi Alcolumbre (DEM), que tem se engajado na eleição e, inclusive, levou seu apadrinhado para um almoço com Bolsonaro, no Palácio da Alvorada. Na quarta-feira, Pacheco recebeu apoio da bancada dos PROS, que conta com três senadores. Um dia antes, houve a adesão do PSD, segunda maior bancada, com 11 parlamentares. O acordo foi fechado em um almoço na casa do prefeito reeleito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD). Participaram do encontro o presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab, e o líder da bancada do partido no Senado, Otto Alencar (BA). Presentes no almoço confirmam que o principal ponto do acordo foi o compromisso por parte de Pacheco de que não vai disputar o governo de Minas Gerais, em 2022 – abrindo caminho para Kalil e outros nomes do PSD, como o senador Carlos Viana. Pacheco negou que a disputa pelo Palácio Tiradentes seja parte do acordo. INFLUÊNCIA DO PLANALTO. A bancada do MDB afirma que Bolsonaro está sendo leniente com Alcolumbre e Pacheco, que estariam usando a influência do Planalto nas negociações. O presidente havia dito que não iria interferir na eleição do Senado. Fontes na bancada do partido confirmam que as reclamações serão levadas ao próprio Bolsonaro, pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), que é líder do governo no Senado. Bezerra foi procurado pela reportagem, mas não quis comentar o assunto. O MDB vai cobrar de Bolsonaro se o governo está sendo usado por Alcolumbre e Pacheco de forma “autorizada ou ilegal”. Caso não haja uma posição clara do presidente e o partido seja derrotado nas eleições, prometem uma postura mais combativa em relação ao Planalto. NAS CORDAS. O MDB anunciou em dezembro que terá candidato único para a disputa. O critério estabelecido para a escolha – que deve sair na semana que vem – é angariar o máximo de apoio em outras bancadas, mostrando-se competitivo na eleição. A bancada acabou sendo surpreendida e se sentiu jogada contra as cordas após a rápida adesão do PSD à candidatura de Pacheco. Em particular, Braga, Gomes e Bezerra mantinham conversas para conseguir votos no partido. Desconsiderando possíveis traições, o senador mineiro agora tem três bancadas que contam 19 votos para as próximas eleições – são necessários 41 votos para ser eleito em primeiro turno, caso todos os 81 senadores votem. Após anunciar apoio para o candidato do MDB na Câmara dos Deputados, o PT no Senado também pende para o lado de Pacheco. A reunião que vai decidir a posição da bancada, que conta com seis parlamentares, seria na quarta, mas acabou adiada para a próxima segunda-feira. “Há uma simpatia da bancada. Ele tem o apoio do líder Rogério Carvalho e bom relacionamento conosco. Mas a decisão vai sair após a reunião”, afirma o senador Humberto Costa (PT). Fonte: O Tempo.
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