Estudo da UFV propõe uso de bolas com semente envoltas com rejeito para recuperação florestal de áreas atingidas pela barragem da Samarco

    “É uma alternativa para mudar o panorama e auxiliar na transformação das áreas
    atingidas em áreas florestadas, com grande ganho ambiental para a bacia do rio Doce.”
    Professor Sebastião Venâncio, da UFV.

    Um estudo conduzido pela equipe do professor Sebastião Venâncio, do Laboratório de Restauração Florestal da Universidade Federal de Viçosa (LARF-UFV), em parceria com a Fundação Renova, está avaliando o uso de bolas de sementes como alternativa para promover a restauração florestal.
    A técnica pode ser utilizada para recuperar Áreas de Preservação Permanente (APPs) e de mata ciliar da região impactada pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), com ganhos ambientais para toda a bacia do rio Doce.
    A tecnologia, desenvolvida pela equipe do LARF-UFV, utiliza um substrato contendo rejeito.
    Essa pesquisa, assim como outras que foram realizadas pela UFV, comprova que o material não impede nem representa riscos à germinação de plantas.
    A técnica também tem a vantagem de facilitar o trabalho de restauração florestal nas áreas de difícil acesso atingidas pelo rejeito.
    A parceria de cooperação técnica entre a Fundação Renova e a Universidade Federal de Viçosa (UFV) teve início em 2018, e foi a primeira assinada com o objetivo de reparar as áreas impactadas.
    Desde então, pesquisas e estudos realizados pela UFV têm comprovado que o rejeito da barragem de Fundão, em Mariana (MG) não é tóxico e nem há limitação para plantio e produção agrícola.
    Além disso, outro trabalho aponta que a revegetação emergencial realizada logo após o rompimento acelerou o aumento da diversidade de microrganismos no solo, o que possibilita cultivar mudas nativas resistentes a ambientes críticos. Fonte : Fund. Renova.

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