Desde o início da vacinação contra o coronavírus em Minas Gerais, o Ministério Público estadual recebeu mais de 2.300 denúncias de possíveis irregularidades na imunização.
Até o momento, o órgão verificou que mais da metade das manifestações procedem.
De acordo com o Ministério Público, os alvos são principalmente prefeitos e secretários de saúde, entre outros servidores públicos. Entre as cidades onde suspeitas estão sendo investigadas estão Belo Horizonte, Divinópolis e Governador Valadares.
Do total de denúncias, 193 são casos de fura-filas, pessoas que receberam a vacina desrespeitando as regras de prioridade. As outras são suspeitas de extravio de insumos, doses, trabalhadores da saúde sendo preteridos na fila da vacinação, entre outras condutas ilegais.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/e/Q/PeyAX5RsApuBTExUpesg/thumbnail-foto-tiago-correa.jpg)
Segundo denúncias, houve extravio de doses ou casos de pessoas furando a fila de prioridade. — Foto: Tiago Corrêa
Após recebidas, as denúncias são analisadas e encaminhadas às promotorias do Ministério. Dependendo das informações preliminares existentes, a denúncia é descartada ou são abertos inquéritos para apuração aprofundada. Os promotores têm 30 dias para se manifestar sobre cada caso.
A ouvidora do Ministério Público de Minas, Nádia Estela Ferreira, deu um exemplo de uma das situações mais comuns que estão sendo investigadas.
“Um prefeito é procurado por um parente, um amigo… e esse amigo solicita que ele seja passado na frente, porque está preocupado com a família, por exemplo. Esse sujeito está cometendo o crime de corrupção passiva. Enquanto o prefeito que cede está cometendo o crime de corrupção ativa”, disse ela.
Fonte: G1/MG