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A Violência Doméstica Pode Ser Diagnosticada Pelos Professores?
Diante do real problema da violência em crianças, onde estatisticamente pais ou responsáveis são os principais agressores, a escola tem um papel fundamental em proteger e dar respaldo para essas vítimas.
Considerando também que a escola, muitas vezes, é o único refúgio de segurança que esta criança possuiu, visto os bons vínculos e a empatia com os professores, cuidadores e colegas.
Por isso a escola tem uma grande importância na detecção precoce de qualquer sinal de violência infantil. Os professores são capazes de identificar mudanças sutis no comportamento das crianças durante o período letivo.
Segundo a Dra. Gesika Amorim, Pediatra, Neuropsiquiatra Infantil, especialista em Tratamento Integral do Autismo e Neurodesenvolvimento -Infelizmente, esse diagnóstico não está acontecendo e no momento em que as aulas presenciais retornarem, é provável que constatemos uma explosão de transtornos neurocomportamentais e questões de violência porque, atualmente, esses fatos estão escondidos dentro das casas, e foi ocultado pela quarentena.Temos que pensar que temos pais adoecidos por sequelas da quarentena e as crianças, podem estar sendo alvos de violência doméstica.
Além da agressão física, existem outras formas de violência como a emocional/psicológica que é mais difícil de identificar, embora seja muito recorrente. Infelizmente a violência contra a criança e considerada normal em muitas culturas, vista como um ato de educar, porem elas sempre vêm acompanhada do fator emocional/psicológico.
Qualquer ato de violência cursara com danos para a saúde mental e poderá trazer consequências desastrosas para o futuro da criança e do adolescente, afetando negativamente no seu desenvolvimento cognitivo e comportamental.
Depressão, ansiedade, baixa-estima e transtorno de estresse pós-traumático são alguns sintomas que podem ser apresentados pelas vítimas e que podem ser diagnosticados na escola, pelos professores e dirigentes.
Toda essa violência reprimida está escondida dentro das casas. Sem as aulas presenciais, esses casos não estão sendo detectados, por isso o Sistema de Saúde Mental precisa estar preparado, já podemos contar que com o retorno das aulas os diagnósticos deverão explodir. Esse será um dos grandes desafios para os próximos meses – Alerta a Dra. Gesika Amorim.
Através do Sistema de Educação, a escola acaba fazendo parte de uma rede protetora como um agente fundamental para garantir a efetivação dos direitos da criança. A escola também é responsável na prevenção, identificação e no encaminhamento de casos de violação dos direitos da criança e do adolescente para os órgãos competentes.
Ou seja, por lei os dirigentes das instituições de ensino são obrigados a acionar o Conselho Tutelar quando se apresentam casos de maus-tratos, abandono, faltas injustificadas e evasão escolar.
Nós, enquanto instituição pública, temos que estar preparados para esse aumento de diagnósticos, dos casos de violência e transtornos comportamentais que virão a tona – Finaliza a Dra. Gesika Amorim.
CRÉDITOS:
Dra Gesika Amorim é Mestre em Educação médica, Neuropsiquiatra com formação em Homeopatia Detox (Holanda), Especialista em Tratamento Integral do Autismo. Possui extensão em Psicofarmacologia e Neurologia Clínica em Harvard. Especialista em Neurodesenvolvimento e Saúde Mental; Pediatra, Homeopata, Pós Graduada em Medicina Ortomolecular – (Medicina Integrativa), dentre outros títulos.