Comunidades reconhecidas como quilombolas são vacinadas por Coronavírus

    Vacinação só foi possível onde as Prefeituras fizeram trabalho de levantamento cultural

    Piranga é a cidade da região com mais comundades reconhecidas como quilombolas.

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    Ouro Preto e Mariana são onde menos existem registro oficial, apesar de serem as ci- dades onde houve maior concetração da população no tempo da colônia e do Império.

    Escravidão: por milênios a escravidão era uma prática comer- cial muito usada, basta vermos os exemplos na história em muitos povos. Porém hoje po- demos afirmar que o sistema comercial da escravidão entre África e as Américas causou um enorme desloca- mento populacional devido a exploração econômica das novas terras: tanto na extra- ção de matérias pri-

    mas, como nas planta- ções, café, cana, etc, e nas minas de ouro. Além de serviços espe- cializados.

    Os estudos de arquivos hoje revelam os números desse trá- gico comércio: de 1501 a 1867, embarcaram 12,5 milhões de pes- soas aprisionadas da Àfrica. Mas nem todos chegavam! Nos recen- tes estudos divulgados por historiadores calcu- la-se a morte durante a

    viagem de dois milhões de pessoas, devido as péssimas condições dos chamados “navios negreiros”. Ou seja um em cada dez morria na viagem. Quanto mais longa, pior para quem estava a bordo.

    Os principais portos ficavam em Sengâmbia, Costa do Ouro, Costa dos Es- cravos, Golfo de Benin, Moçambique,   Golfo de Biafra, São Tomé, Luanda em Angola e

    Congo. Sete em cada dez africanos embarca- dos para o Brasil era de Angola ou do Congo. Entre os auto- res que trouxeram esse assunto sob nova abor- dagem acessível ao grande público,   sem a linguagem   técnica e enfadonha dos tex- tos de historiadores, é o jornalista Laurenti- no Gomes, com o livro “Escravidão”. Nele o autor revela que muitos reis africanos lucraram

    vendendo seus inimigos e até parentes quando ameaçavam o poder !

    No Brasil o Rio de Janeiro foi o porto que rece- beu maior volume dessas pessoas que vieram da Àfrica aprisiona- das em navios. Chamados de es- cravos, ou como minha amiga Mu- seóloga formada na UFOP Mari- zabel defende, escravizados. “ Eles não eram escravos, eles estavam escra- vizados” afirma Marizabel, que tem um interes- sante canal na in- ternet na platafor- ma chamada de “you tube”, volta- da para Museolo- gia para crianças, e para todos que gostam.

    E s s a s pessoas eram tão importantes para a economia que houve até guerra contra a Holanda quando   invadiu e tomou Luanda em Angola. O Go- vernador do Rio de Janeiro Cor- reia de Sá liderou uma esquadra de guerra financiada pelos fazendeiros e mineiros tam-

    bém, para atacar e tomar o Luanda dos Holandeses. Atravessaram o oceano uma for- ça de 12 navios com 1.200 ho- mens, liderados pelo Governador Correia de Sá, que expulsou os holandeses e ga- rantiu a continui- dade do tráfico de escravos.