A obra veio de Ervália(MG) e está passando por seu primeiro processo de restauro em quase 100 anos de história
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O Laboratório de Conservação e Restauro Jair Afonso Inácio (Labcor), da Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP), iniciou o processo de restauro da obra de São Januário, que integra o acervo da Capela de Nossa Senhora do Rosário, do município de Ervália, localizado na Zona da Mata de Minas Gerais. A equipe do Labcor, representada pela coordenadora Bianca Monticelli e pelo estagiário Mateus Filipe do Santos, buscou a obra no município no dia 14 de maio, acompanhada por Aída Maria Sant’Anna Lopes, chefe do setor de Coordenadoria da Cultura da cidade.
Com supervisão de Bianca, a estagiária Luana Maria é quem está à frente da restauração. O processo pelo qual a peça está passando atualmente é o de limpeza da policromia, que consiste na remoção de sujidades e poeiras que se encontram em toda a superfície das peças. Até agora, as análises indicam que a escultura ainda não passou por nenhuma repintura.
A previsão de entrega do trabalho é de 12 meses. Aída Lopes, que também é Presidente do Conselho Municipal de Patrimônio Cultural, afirma que a comunidade comemorou a restauração da obra. “Ter nossa imagem de quase 100 anos restaurada por uma instituição com o patamar que a FAOP ocupa no Brasil é muito importante pra gente. É uma imagem tombada e de beleza singular, então ficamos muito felizes”, revela.
A imagem de São Januário foi doada à Capela do Rosário por Januário Pereira de Andrade Júnior, por volta de 1927 e, de acordo com os registros, foi produzida na Oficina Luneta de Ouro, no Rio de Janeiro. Aída Lopes explica que a capela é utilizada apenas para pequenos eventos, como encontros de catequese e pequenas celebrações, mas que a estrutura e suas obras representam uma importante parte da história do município.
A obra de São Januário, considerada neoclássica com traços barrocos, tem 1,63m de altura e é toda em madeira, dourada e policromada. Para Bianca, trata-se de uma imagem muito rica: “É cheia de detalhes, com olho de vidro e uma policromia muito delicada. Acho que o mais interessante da obra, além do tamanho, é que ela ainda não passou por nenhum tipo de restauro”.
O Labcor, inaugurado em 2018, presta serviço para acervos públicos e particulares no campo da restauração de bens integrados móveis e imóveis, além de laudos técnicos de diagnóstico.
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O objetivo do processo de restauração é corrigir os danos ocasionados pelo processo natural de envelhecimento ou manuseio inapropriado, mantendo as características originais das peças, e para isso, o laboratório dispõe de equipamentos de alta tecnologia, que permitem a recuperação precisa dos bens culturais restaurados. Assessoria de Comunicação | FAOP