Minas Gerais registra saldo positivo de 2,7mil postos de trabalhos formais no turismo em junho

    Outros indicadores apresentaram crescimento positivo e são apresentados no 15º relatório Panoramas e Tendências, do Observatório do Turismo

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    A 15ª edição do relatório “Panoramas e Tendências para o Turismo em Minas Gerais Pós Covid-19”, elaborado pelo Observatório do Turismo de Minas Gerais (OTMG), entidade de pesquisa coordenada pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), traz dados e indicadores que apontam para o início da recuperação do setor no estado. Entre os destaques estão o aumento do volume e da receita das atividades turísticas e crescimento do número de empregos formais, da taxa de ocupação hoteleira em Belo Horizonte e do fluxo de passageiros nos aeroportos mineiros no final do primeiro semestre de 2021.

    De acordo com dados estimados por meio da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), analisados pelo OTMG, o mês de junho de 2021 teve o maior registro de empregos formais no setor de turismo do ano: foram estimados 351.595 postos de trabalho, já que, em junho, os segmentos apontaram saldo positivo de 2.761 contratações. As atividades econômicas ligadas à Alimentação e ao Comércio e Serviços foram responsáveis por 82% desses novos empregos formais.

    Para a subsecretária de Turismo da Secult, Milena Pedrosa, a 15ª edição do relatório Panoramas e Tendências traz sinais positivos e resgata a esperança para o setor em Minas Gerais, que foi o terceiro estado com maior impacto de perdas de faturamento das atividades turísticas no país.

    “É importante perceber e diagnosticar, por meio da análise dos dados disponibilizados pelo Observatório do Turismo, como nosso turismo em Minas está em processo de recuperação. O crescimento de indicadores positivos reafirma a capacidade do esforço coletivo do setor para enfrentar a crise e também mostra que o programa setorial Reviva Turismo, lançado pela Secult em maio, está no caminho certo. O Reviva foi criado para estimular a retomada gradual e segura das atividades turísticas em Minas Gerais e tem quatro eixos principais, que são biossegurança, estruturação, capacitação e promoção do destino Minas Gerais. Todos eles estão sendo trabalhados de forma integrada para que alcancemos a meta de geração de 100 mil empregos no turismo até 2022 e de colocar Minas entre os principais destinos turísticos do país”, ressaltou Milena.

    O relatório aponta, também no mês de junho, aumento de 15,1% em relação ao mês anterior para o fluxo de passageiros e de 11,7% para o de aeronaves nos aeroportos mineiros. Ao todo, foram 516.122 embarques e desembarques e 5.240 pousos e decolagens. Em 2021, o mês com menor registro de fluxo de passageiros foi abril e, desde então, esse indicador apresenta crescimento médio de 18,15%.

    A comparação de fluxo de passageiros e aeronaves também é apresentada por semestre: de janeiro a junho de 2020, foram 2.983.996 embarques e desembarques nos aeroportos mineiros, enquanto entre os mesmos meses de 2021 este número foi de 3.043.660, o que representa um aumento de 2% em relação ao ano anterior. Já com relação às aeronaves, o número de pousos e decolagens no primeiro semestre de 2020 foi de 28.852 e, no mesmo período de 2021, esse registro saltou para 31.747. Os dados sobre esses indicadores são retirados de registros da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

    Ocupação hoteleira e índice de atividades turísticas

    Em Belo Horizonte, de acordo com dados disponibilizados pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais (ABIH-MG) analisados pelo OTMG, a ocupação hoteleira foi de 32,4%, considerada a terceira maior de 2021 e que representa um crescimento de 6,9% em relação a maio.

    Com relação aos índices de atividades turísticas, cujos dados são analisados por meio da Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE, na variação entre abril e maio, tanto o volume quanto a receita foram os maiores registrados em 2021. O volume de atividades turísticas cresceu 34% e receita aumentou 30,5% em Minas Gerais, o que fez o estado ocupar as quinta e quarta posições com maiores índices, respectivamente.

    Medidas de apoio ao setor

    A 15ª edição do Panoramas e Tendências mostra, ainda, medidas de suporte ao setor adotadas, como a flexibilização para o retorno de eventos de grande porte, de acordo com o cumprimento de protocolos sanitários do plano Minas Consciente; a disponibilização de créditos com condições especiais, por meio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), à cadeia produtiva do turismo, produção de eventos e bares e restaurantes; e a sanção da Lei Federal 14.186/2021, que estende o prazo para remarcações e emissão de créditos das atividades de turismo e cultura até 31 de dezembro de 2022.

    Tendências

    Entre as tendências para o turismo apontadas na publicação, estão a expectativa de rápida recuperação do setor hoteleiro; preferências para destinos que possuam atrativos e paisagens naturais; viagens voltadas para o turismo sustentável, com responsabilidade no consumo e consciência sobre os impactos ambientais; “viagens multigeracionais”, que são as que reúnem membros de diversas idades da família para celebrar a oportunidade de voltar a se encontrar; as “slow travels”, que são viagens em que os turistas dão prioridade ao contato com a natureza e integração mais autentica com o destino visitado.

    Confira as versões COMPLETA e RESUMIDA do 15º Relatório Panoramas e Tendências para o Turismo em Minas Gerais Pós Covid-19.