Por: Economista e Professor Geraldo Gomes
O termo “geopolítica” foi criado pelo Professor e Cientista Político sueco Rudolf Kjellén em 1899, procurando estabelecer relações entre acontecimentos políticos e suas implicações de caráter geográfico. Tais implicações podem ser de âmbito nacional ou de abrangência internacional, envolvendo vários países.
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Ainda no início do século XX, os economistas começaram a utilizar a expressão “geopolítica econômica” para definir assuntos geopolíticos que envolviam questões de natureza econômica. Como exemplos práticos dos tratados geopolíticos econômicos internacionais podem ser citados dois eventos: o primeiro foi a criação do Mercado Comum Europeu, MCE, em primeiro de janeiro de 1993, em que seus doze países envolvidos, países da Europa Ocidental, estabeleceram o sistema com o objetivo de proteger seus mercados locais e uni-los em um único mercado de maior abrangência, de modo a facilitar a circulação, dentro de seus limites geográficos, de mercadorias, mão de obra, serviços e pessoas, e também criando uma moeda única: o euro. O segundo exemplo foi a criação do Tratado do Mercosul, em 26 de março de 1991, com o propósito de unir o Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, cujos objetivos são semelhantes aos do MCE.
Um tratado geopolítico de abrangência mundial, e com viés intrinsicamente político, embora tenha sido anunciado como científico, teve início no ano de 1997 e traz o nome de Protocolo de Kioto, porque foi assinado na cidade de Kioto, no Japão, pelos representantes de vários países ali reunidos. A discussão mais importante elencada naquela reunião foi estribada em teorias científicas sobre o aquecimento global e em suas consequências na qualidade de vida e na economia de toda população da terra. Muitos participantes daquela reunião acreditavam que o Planeta Terra está passando por um processo de aquecimento e que, este aquecimento está acontecendo em função da emissão de gases como o dióxido de carbono gerado pala queima de combustíveis fósseis como petróleo, gás e carvão mineral, nos países industrializados e emergentes. O metano foi outro gás citado como responsável pelo aquecimento global, segundo os teóricos do aquecimentismo, na reunião de Kioto. Esse gás, dizem eles, é proveniente dos pântanos, plantações de arroz e da ruminância dos animais em grandes fazendas. Este aquecimento foi chamado de aquecimento global antropogênico (AGA), por ser causado pela ação humana. Segundo esses teóricos do aquecimentismo, esses gases, ao chegar na camada de ozônio, causam o efeito estufa. Isto é algo discutível. Muitos cientistas que não concordam com essa teoria, dão suas opiniões sobre esse assunto. Vale a pena nos inteirarmos desta questão para não sermos enganados pelas versões globalistas veiculadas com frequência pela mídia esquerdista mundial.
Acontece que a questão do aquecimento global em função dos gases existentes na atmosfera foi levantada bem antes daquela reunião no Japão. Em 1896 o químico sueco Svante August Arrhenius alertou a comunidade científica sobre os possíveis danos futuros que poderiam ser causados pela emissão, na atmosfera, do dióxido de carbono oriundo da queima de combustíveis fósseis acima citados. Calculou ele que a temperatura aumentaria em 5 graus célsius, em cem anos, se a concentração de dióxido de carbono dobrasse na atmosfera. Na época de seus cálculos, a concentração do dióxido de carbono era de 295ppm (partes por milhão) na atmosfera. Houve, a partir do início do século XX, um grande incremento no consumo de combustíveis fósseis devido ao crescimento do parque industrial em muitas nações, bem como pelo aumento da frota de veículos automotores, de forma que, em 2020, observou-se uma concentração de 413ppm de CO2 no ar, no entanto não foi constatado acréscimo sensível da temperatura na terra. Houve sim, no século XX, variações da temperatura global que mostraram pequenas descidas e subidas dos termômetros. Na década de 1970, por exemplo, havia uma grande preocupação dos climatologistas internacionais sobre um resfriamento global. Falava-se em uma nova era do gelo. O prognóstico de Arrhenius não se concretizou até o momento.
A teoria de Arrhenius nos faz lembrar da catástrofe malthusiana prevista em 1798, e que não se concretizou, ficando o mundo livre de toda desgraça prevista pelo Filósofo e Cientista Thomas Malthus. Este previra, naquele ano, que grande parte da população mundial morreria de fome alguns anos à frente, tendo em vista que o crescimento populacional mundial acontecia em ritmo de progressão geométrica, enquanto os meios de produção de alimentos caminhavam na velocidade bem menor, seguindo a curva da progressão aritmética. Nestes dois séculos após o século do iluminismo, a Ciência Médica e a Engenharia Agropecuária se desenvolveram consideravelmente e frustraram a teoria malthusiana com suas curvas matemáticas, pois surgiram métodos de controle de natalidade modificando o índice de crescimento demográfico, e a ciência aplicada à agropecuária aumentou a produção de alimentos no campo.
No rol dos eventos relacionados aos estudos sobre aquecimento global, em 1988, patrocinado pela ONU e ideoligizado por políticos de peso como Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos, foi criado o IPCC, painel intergovernamental sobre mudanças climáticas, sigla do inglês, organização científico-política (mais política que científica), com intuito de promover encontros periódicos de estudos sobre mudanças climáticas a nível global. Mudaram o discurso. Não falam mais em aquecimento global, comentam agora sobre mudanças climáticas no planeta. Na visão de muitos economistas, políticos e climatologistas, o IPCC não passa de um instrumento do establisment globalista, movimento político de viés progressista que visa interferir nos países para a formação de um governo único mundial. Não se deve confundir globalismo com globalização. Esta se refere à atuação dos países, na vertente econômica, para a dinamização da economia global, mantendo a autonomia individual das nações, mas incentivando a divisão social do trabalho e o liberalismo, bem como o bom funcionamento da mão invisível da economia, como ensinou Adam Smith. A globalização é benéfica para todas as nações, como nos informou Ludwig Von Mises em seu livro “Liberalismo”. Ao contrário, os globalistas atuam para interferir em países pobres como os africanos e nos emergentes como o Brasil e outros do BRICS, para lhes tolher o desenvolvimento econômico. Foi nesta linha de pensamento que Margaret Thatcher, a Dama de Ferro, eminente política britânica e primeira-ministra do Reino Unido entre 1979 e 1990, fez seu comentário sobre o IPCC. Disse ela:”O aquecimento global oferece uma maravilhosa desculpa para a implantação do socialismo global”
Na verdade, Margaret Thatcher, Donald Trump e, mais recentemente, muitos outros políticos, bem como diversos cientistas de vários países, reconheceram que os relatórios climáticos do IPCC e patrocinados pela ONU foram concebidos com o intuito de atender às necessidades políticas de governos adeptos ao establishment globalista. Nós, os brasileiros, precisamos ficar atentos às armadilhas que o globalismo tem lançado sobre nossa nação.
Nossos filhos estão sendo instruídos erroneamente, desde o colégio até às universidades, por professores mal informados ou mal intencionados, com informações bombásticas sobre os perigos do aquecimento global antropogênico e suas consequentes mudanças climáticas. Esses professores mostram, em sala de aula, vídeos de partes de geleiras sendo desmoronadas nos polos, como se fosse um efeito do aumento da temperatura global, causado pelo dióxido de carbono emitido pela ação humana. Outros vídeos, e também filmes, de viés semelhante são mostrados frequentemente pela mídia esquerdista. São vídeos criados pelos globalistas para estribarem as suas teses. Esses fenômenos sempre ocorrem naturalmente: cai um bloco de gelo aqui e surge outro acolá.. Isto é um fenômeno natural e cíclico. A Groelândia, hoje quase toda coberta de gelo, já foi uma terra plenamente habitada e cultivada, por isto era chamada Terra Verde, daí surgiu o seu nome. Isso ocorreu no período quente medieval em que as temperaturas globais eram superiores às médias atuais. Esse período se estendeu do ano 1100 d.C. a 1378d.C.
Os globalistas falam do efeito estufa, segundo eles, causado pela concentração do dióxido de carbono e do metano ao chegarem à camada de ozônio. De acordo com o Professor Ricardo Felício, Professor da USP, Metereologista , Mestre e Doutor em Climatologia não existe uma camada de ozônio, existe sim uma região da estratosfera que denominamos ozonosfera, com dez ou mais quilômetros de espessura. Vale a pena ver, no youtube, vídeos desse professor, para refutarmos, com argumentos próprios, conceitos dos globalistas aquecimentistas que querem nos impor um colonialismo científico. Com o mesmo propósito, ou seja, de nos inteirarmos das verdades sobre as mudanças climáticas, é útil vermos os vídeos do Professor Luiz Carlos Molion, Físico, Doutor em Metereologia e Pós Doutor em Hidrologia de florestas, Professor aposentado da UFAL. Existem dezenas de cientistas brasileiros e em todas as nações que não compactuam com o IPCC. Precisamos ouvi-los. Há vídeos no youtube dos dois professores acima citados, com informações de domínio público e que, realmente, vale a pena serem vistos. O Engenheiro Agrônomo Mário Fontes é um dos cientistas brasileiros que nos informa, com grande ênfase em seus escritos, sobre a farsa do aquecimento global e suas pretensas mudanças climáticas.
O aquecimento e o resfriamento global são fenômenos cíclicos que sempre ocorreram desde que a terra foi formada, há 4,7 bilhões de anos. No início ela era muito mais quente, a ponto de ter consistência semi-plástica. Essa plasticidade da matéria que compõe as rochas existentes nas crostas terrestres , em tempos geologicamente idos, e a ação da força centrífuga originada pelo movimento de rotação da terra é que explicam o achatamento em seus polos e as diferenças de comprimento entre seus raios equatorial e polar. O certo é que a terra está sempre em processo de resfriamento desde sua formação. O seu núcleo NIFE, que é composto por níquel e ferro, nos informam os geólogos: permanece líquido a uma temperatura de cinco mil graus célsius. Prova disso é que o grau geotérmico médio da terra é 30metros/graus célsius. Isto significa que a cada trinta metros que se aprofunda, na direção radial e no sentido ao centro da terra, a temperatura aumenta de um grau centígrado. O raio médio da terra equivale a 6.370 quilômetros.
Na criação do IPCC, em 1988, a ONU informou que 97 por cento dos cientistas estavam de acordo com a teoria do aquecimento global antropogênico. Trata-se de uma Fake News dos globalistas, patrocinada pela ala esquerdista dessa organização. O jornalista investigativo americano Marc Morano, especialista em questões ambientais e que tem dedicado grande parte de sua vida a demonstrar a falácia das teorias do aquecimento global, nos informa em seu livro “Manual Politicamente Incorreto das Mudanças Climáticas”, que esses 97 por cento se referem à porcentagem de apenas 77 dos cientistas que estavam presentes naquele evento da criação do IPCC. Cientistas que estavam recebendo das organizações globalistas grandes aportes financeiros para realizarem suas pesquisas. Esses tinham latente interesse em continuar suas pesquisas, por razões obviamente relacionadas às suas contas bancárias. Portanto, a informação de que existe consenso entre cientistas do mundo todo sobre mudanças climáticas causadas pela emissão de dióxido de carbono antropogênicamente na atmosfera é uma grande farsa dos globalistas aquecimentistas.
No que concerne aos ciclos globais de aquecimento e resfriamento, esses dependem muito mais dos eventos naturais do que da ação humana. Cientistas calculam que 200 bilhões (podendo chegar a 280 bilhões) de toneladas de dióxido de carbono são lançadas anualmente na atmosfera, pelas reações químicas acontecidas no processo de desgaseificação dos oceanos—que correspondem a 71 por cento da área do globo— somadas a outros fatores naturais existentes que concorrem para este número, tais como: respiração das plantas, decomposição de matérias orgânicas nos pântanos e nos mangues e, ainda, a ação de mais de 500 vulcões em erupção, liberando gases que são randomizados na atmosfera, devido à rotação da terra.
As cidades ocupam apenas 2,5 a 3,0 por cento da área do globo, e toda ação humana na queima dos combustíveis fósseis lançam apenas 6 bilhões de toneladas/ano de dióxido de carbono na atmosfera. Portanto, os gases existentes na atmosfera devido a ação humana correspondem de 2,14 a 3,0 por cento do total. Não tem sentido, portanto, alguém dizer que gases antropogênicos são responsáveis pelas supostas mudanças climáticas. Um raciocínio lógico leva qualquer pessoa a concluir que mudanças no clima a nível global são cíclicas e resultantes de vários fatores naturais que fogem do controle humano. A ação do sol com suas protuberâncias é, de longe, o mais preponderante deles, mas existem vários outros tais como o albedo, o vapor de água, as nuvens, os ciclos oceânicos, os raios cósmicos, os vulcões, o movimento das placas tectônicas, a inclinação do eixo da terra, a circulação atmosférica, etc. O sol é, de longe, o principal agente causador das mudanças de temperaturas na terra e do teor gases na atmosfera. Quando seus raios incidem nas águas oceânicas e as aquecem, essas liberam gases e consomem energia térmica devido ao calor latente de evaporação para a formação das nuvens. Portanto, o aumento da temperatura média global precede o aumento do teor dos gases na atmosfera. Não o inverso, como querem nos fazer acreditar os aquecimentistas.
Não é prudente alguém acreditar, sem fazer maiores pesquisas, no que dizem os aquecimentistas globalistas sobre o dióxido de carbono antropogênico existente na atmosfera ser o responsável pelas mudanças climáticas. Na verdade, esse é o gás da vida. Toda vida vegetal ou animal sobre a terra depende do dióxido de carbono contido na atmosfera. Se por um processo qualquer hipotético ( repito, hipotético) alguém conseguisse zerar a quantidade desse gás no ar, toda vida acabaria. Tanto a vida vegetal como a animal. É ele que fornece o carbono na reação de fotossíntese das plantas. A clorofila é apenas o agente catalizador positivo dessa reação, sem ser criada ou destruída nesse processo. Para que haja a reação da fotossíntese, três condições são necessárias: calor do sol, água e dióxido de carbono(calor solar+H2O+CO2). Esse carbono contido nesse gás entra na composição de todos os carboidratos, base alimentar dos homens e dos animais. Mesmo quando uma pessoa se alimenta de proteína animal, esta só veio a existir porque o animal, fonte daquela proteína, se alimentou de um carboidrato contido nas rações fornecidas pelos criadores. Quando alguém se alimenta com um pãozinho no seu café da manhã, ou com uma fatia do bolo de aniversário de seu filho, o carboidrato ali contido é proveniente do trigo coletado em alguma triticultura. Esse contém o carbono captado da atmosfera, pelo processo da fotossíntese, no local onde estava plantado o trigal.
O carbono contido no ar é também um dos componentes da celulose(C6 H10 O5)n, um polímero de cadeia longa, a estrutura principal das plantas. Na hipótese, como proposto acima, de zerar o dióxido de carbono do ar, toda a vegetação não sobreviveria, pois cessariam as reações de fotossíntese. Não haveria madeiras para as construções, para os móveis e nem a celulose para a fabricação de papéis, tão necessários à vida hodierna.
Analisando tudo que acima foi exposto, não é difícil imaginar que o aumento de produtividade agrícola experimentada no século XX nos campos que produzem cereais, base alimentícia das pessoas e dos animais, se deve, em grande parte, à maior presença do dióxido de carbono na atmosfera, isso, em relação ao século anterior. A utilização de defensivos e corretivos agrícolas são fatores que concorreram para o aumento da produtividade no campo, mas, a presença em maior quantidade do dióxido de carbono, na atmosfera, certamente foi um fator a ser considerado neste quesito. O dióxido de carbono, portanto, não é um vilão. Ele é o gás da vida. É assim que devemos considerá-lo.
Acreditar, como querem nos fazer crer os aquecimentistas globalistas, que o dióxido de carbono pode nos causar grandes transtornos daqui a cem anos, provocando o aumento das temperaturas e elevação do nível do mar em situações catastróficas, é o mesmo que acreditar em lendas urbanas construídas pelo imaginário popular, pois, melhores metereologistas atualmente não conseguem prever, utilizando os instrumentos mais modernos disponíveis, a temperatura regional com duas semanas de antecedência.