“Será muito importante para os brasileiros ter uma candidatura capaz de unir as forças políticas de centro e motivar as pessoas. Um nome que represente um novo projeto para o país”, afirmou o deputado federal Aécio Neves, em entrevista, nesta sexta-feira (18/03), à rádio São João del-Rei.
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Um dos principais articuladores no PSDB da pré-candidatura do governador Eduardo Leite, Aécio disse que o atual quadro de polarização política enfraquece o debate necessário ao país.
“Temos hoje um quadro de muita radicalização e polarizado entre o ex-presidente Lula e o atual presidente Jair Bolsonaro. Isso não contribui para a retomada do país, para que o Brasil volte a crescer, a gerar empregos e as pessoas possam viver melhor. Nosso esforço tem sido para construir uma alternativa, um nome competitivo que seja capaz de mobilizar as parcelas da população que estão descrentes da política. Vejo essa capacidade no governador do Rio Grande do Sul”, afirmou.
Aécio antecipou na entrevista a carta enviada mais tarde a Eduardo Leite, por dirigentes nacionais e lideranças do PSDB, em favor da sua permanência no partido.
“Estou nesse esforço junto com outros importantes nomes do PSDB porque vejo nele grandes vantagens. Além de uma baixa rejeição dos eleitores, o governador tem uma história honrada, um governo bem avaliado e a simpatia de outros partidos”, explicou Aécio.
Farsa montada
Perguntado sobre sua absolvição, decidida na semana passada pela Justiça de São Paulo, na ação baseada na denúncia feita em 2017 pelo empresário Joesley Batista, da JBS, Aécio disse que enfrentou com serenidade os cinco anos de investigações.
“É uma decisão da Justiça que repõe a verdade dos fatos ocorridos. Só eu sei o quanto custou a mim, à minha família e aos meus amigos essa infâmia que agora foi desmascarada. Infelizmente, precisaram de cinco anos para que a verdade se restabelecesse. Tive serenidade para aguardar até que os delatores, tendo a obrigação de dizerem à verdade à Justiça, desmascararam a eles próprios das falsas acusações que fizeram com o objetivo de escaparem dos crimes que cometeram. Os danos que eles me causaram ainda não acabaram, mas a Justiça enfim mostrou a farsa montada”, afirmou.
Sobre o trabalho na Câmara dos Deputados, Aécio destacou a ação da Comissão de Relações Exteriores, que ele preside, nas tomadas de decisões pelo governo brasileiro junto à ONU, contrárias à invasão da Ucrânia pela Rússia.
“Desde o início temos, por meio da Comissão, cobrado uma posição firme do governo de condenação à invasão e isso ajudou para que o Brasil se posicionasse formalmente contrário a esse conflito absurdo. Apelamos ao Itamaraty que respeitasse o sentimento da ampla maioria dos brasileiros que quer a condenação dessa guerra infame”, disse.
