Quem visita Mariana e Ouro Preto se depara com uma paisagem diferente em certas áreas: as chamadas invasões ou ocupações irregulares.
Com o aumento da população, aumento das atividades da mineração, aumentou também a procura por casas e terras, assim causando uma alta nos preços dos imóveis e nos aluguéis.
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Sem planos habitacionais ou programa de habitação popular, muitas pessoas de Mariana e Ouro Preto invadem áreas sem infraestrutura básica como água, luz, e esgoto, para lá construir casas, para morar, alugar ou vender. Quem vive nestas áreas, chamadas de invasões ou ocupações irregulares, sabe que a luz, quando tem, é feita por “gato”, ligação clandestina em poste. Também a água é captada por meio de mangueiras da rede que segue para os bairros. O esgoto é lançado de qualquer forma.
As consequências do aumento do número de casas nas invasões é a falta dágua em muitos bairros, e falta de luz, pois um poste é sobrecarregado com tantas residências o que faz explodir o transformador. Isso sem falar na disposição das casas, pois sem qualquer planejamento, há locais que só se chega a pé, moto ou a cavalo.
Aliado a isso existem o problema do terreno, muitas das vezes impróprio para construção, com casas e barracos construídos em áreas de risco de desabamento ou alagamento.
O que o poder público faz? O sucesso das iniciativas do poder público pode ser medido com o aumento das invasões, que cada vez ocupam visivelmente mais áreas.Os planos de habitação, como o anunciado loteamento em Mariana onde teria 1600 casas está virando bota fora de entulho e depois de três anos de seu anúncio pomposo no antigo SESI não virou realidade.Não se combate invasões sem política de habitação. O resto é demagogia eleitoral.
