Batida entre moto e caminhão na rua do Hospital em Passagem causa revolta

    Moradores cobram melhorias no trânsito, mais segurança aos pedestres e prometem fazer protesto caso nenhuma atitude seja tomada

    Aconteceu dia 20 de junho de 2022, última segunda-feira, acidente na Rua Yolanda Guimarães, mais conhecida como rua do Hospital. Uma moto se chocou com um caminhão na saída da rua para a rodovia. Motoqueiro segue internado.

    História: A rua do Hospital em Passagem de Mariana tem esse nome devido ao hospital construído pelos ingleses que fica no final da rua, onde hoje existe apenas a escada central da grande construção. Foi o primeiro hospital da América do Sul a ter aparelho de raio X trazido da Inglaterra. Depois mudou-se o nome para homenagear a esposa do dono da Mina Sra. Yolanda Guimarães, porém o nome antigo ainda continua vigente.

    Moradores dessa rua por várias vezes já reclamaram por mais segurança e melhorias. A rua foi dividida em duas partes pelo Estado de Minas para passagem da rodovia Rodrigo Melo Franco na década de 1960 e não foi instalado desde então quebra-molas ou passarela no local devido ao fluxo de trânsito que até quinze anos era bem pequeno, diferente de hoje onde moradores correm risco de morte para atravessar a rodovia todo dia!

     È um risco de morte diário principalmente com o tráfego intenso de caminhões de grande porte carregando minério !  

    Muitas crianças da rua do Hospital, Vila Portuguesa, Pinheiro e adjacências precisam atravessar a rodovia para ir a Escola Estadula Benjamim Guimarães e a para a Escola Municipal de Passagem !

    A Sra Andréia Sousa manifestou sua opinião nas redes sociais e disse que: “  Falam que a travessia é tranquila que nunca houve um boletim de ocorrência em relação a acidente, como sempre esperam o pior acontecer pra começar a resolver o problema. (…) Desde de fevereiro que fizemos o pedido e até agora nada de limpeza, o mato já esta entrando no meio da pista . (…) Vamos parar o trânsito quem sabe assim temos respostas das autoridades . Fora a quantidade de carro e caminhões que ficam parados na esquina atrapalhando a visibilidade e a movimentação do trânsito de entrada e saída de veículos. A entrada e saída de nossa rua é um caos e um perigo constante. É necessário urgência !”

    Graciano Martinho manifestou-se também e disse que : “ Espera-se no mimino um respaldo dos órgãos competentes à cerca desta situação. Contamos com o bom senso dos mesmos para que em comunicação com o DER colocando-os a par da situação ora agravada por este lamentável acidente, e que encontrem juntos uma solução, não paliativa mas sim uma definitiva e que dê segurança aos transeuntes e motoristas que residem ou necessitam adentrar na referida rua vindo da BR em ambos os sentidos. Aguardamos com urgência a apreciação dos órgãos competentes,assim que o fato em sí chegar até os mesmos.”

    O domínio da posse é do Governo do Estado, o trecho da rodovia que foi passado  ao Munícipio de Mariana, sendo municipalizado,  vai desde o Gogo até o trevo de Passagem . Porém como é área urbana a Prefeitura de Mariana pode atuar, desde que em harmonia com o Governo do Estado.

    Veja o que fala a lei sobre essa questão:

    O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) realizou adequações em normativos federais para reconhecer a competência municipal na reserva de faixa não edificável ao longo das faixas de domínio público das rodovias. A regulamentação é resultado de articulação da Confederação Nacional de Municípios (CNM) para aprovar o Projeto de Lei (PL) 693/2019, sancionado como Lei 13913/2019.

    Faixa de domínio é a base física sobre a qual se assenta uma rodovia, constituída pelas pistas de rolamento, canteiros, obras-de-arte, acostamentos, sinalização e faixa lateral de segurança. Os limites são definidos por projeto executivo da rodovia, decretos de utilidade pública ou projetos de desapropriação.

    Protesto: Seguindo exemplo dos moradores do Pocinho de Ouro Preto que só conseguiram quebra molas depois de paralisar a mesma rodovia alguns moradores acreditam que senão forem tomadas medidas efetivas esse será o próximo passo.