Cachoeira do Matadouro em Passagem de Mariana completa 20 anos de descaso e poluição

SAAE informou que a área poluída por esgoto na Cachoeira do Matadouro é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

Por João B. N. Gonçalves

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A Assessoria de Comunicação de Mariana, em resposta ao Espeto, afirmou que a pedido do prefeito interino, Sr. Ronaldo Bento, o poder público municipal está fazendo um diagnóstico, em que objetiva a implementar um plano de ação para a despoluição e revitalização da Cachoeira do Matadouro. O serviço será realizado em conjunto com o SAAE Mariana.

A Prefeitura Municipal, por meio de sua assessoria, destaca que a Secretaria de Obras, através da Subsecretaria de Gestão Urbana, também participará da despoluição, pois além da solução para o saneamento, será necessária a revitalização do entorno, o que demandará algumas intervenções de infraestrutura.

Localizada ao final da Rua da Praia, no distrito de Passagem de Mariana, a Cachoeira do Matadouro tem sido ponto de despejo de lixo e esgoto vindos do bairro Vila São Vicente. Moradores reclamam do descaso da Prefeitura Municipal ao permitir que esgoto desemboque no local e afirmam que já são aproximadamente 20 anos nesta situação.

          Em abril deste ano, a empresa responsável pelo abastecimento de água e coleta de esgoto da região, Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), informou por meio de nota que a área poluída por esgoto na Cachoeira do Matadouro é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

Margens da lagoa tomadas pelo esgoto / Foto: João B. N. Gonçalves

Ao longo dos anos, alguns moradores de Passagem de Mariana idealizaram projetos visando revitalizar a Cachoeira do Matadouro. Um deles foi a professora aposentada do município, Luiza Mazzarello do Nascimento, que em 2014, realizou junto aos alunos do 5º ano da Escola Municipal de Passagem de Mariana, um projeto para a revitalização do espaço, intitulado “O lugar onde vivo”.

          A ex-professora conta que o local foi durante sua infância local de lazer para crianças e adultos do distrito, pois a água era limpa e não havia despejo de dejetos na área. Neste sentido, pensou o projeto para que houvesse uma limpeza da cachoeira e de seu entorno, na expectativa que o espaço voltasse a ser utilizado pelas pessoas como era no passado. De acordo com Mazzarello, o projeto não pôde seguir, pois não houve apoio da comunidade e do poder público municipal.