Memorial Vale tem programação em homenagem aos pais, música erudita e performance na primeira quinzena de agosto

    No mês em que se comemora o Dia dos Pais, o Memorial Vale abre a programação artística com “Pai”, espetáculo no qual Glicério do Rosário, interpreta três personagens, numa relação dialética sobre a paternidade: um MC traz os conflitos de Ivan; um professor; e Mateus, um ator; pais em conflito sobre seu lugar social. A montagem, que integra o projeto Gerais Cultura de Minas, traz o tom urbano do Rap, buscando relações sociais menos desiguais, com a potência do afeto de cuidar. Para receber notícias no seu WhatsApp clique aqui
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    A montagem vai ser apresentada no dia 4 de agosto, quinta-feira, às 19h30, com interpretação em  Libras. E, como parte do projeto Sensações Memoráveis, que tem a curadoria de Marco Paulo Rolla, acontece  a apresentação “Conexões musicais”,  da artista Raïssa Anastásia, no dia 6 de agosto, sábado, às 11h. Ela propõe ampliar o universo do sentir, instigando o público: a música pode sair de uma obra de arte? Provocar sensações para além do ver é a proposta da intervenção. No dia 11, quinta-feira, ocorrem duas sessões da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais no Memorial: Música de Câmara, às 19h e às 20h30. E no dia 13, sábado, às 11h, o projeto Diversidade Periférica, sob a curadoria de Patrícia Alencar, vai levar o público a percorrer as travessias de criação da artista Camila Damião, com a performance “Trecho”. Para essas atividades é necessária a retirada de ingressos uma hora antes do evento, sendo no máximo um par de ingressos por pessoa, com lugares limitados.

    Dentro das ações do Memorial Vale, estão as inscrições para as convocatórias de novos artistas para terem seus trabalhos de artes visuais expostos nas salas do Memorial Vale e de propostas inéditas para ocupação de sua programação virtual, que foram prorrogadas até 15 de agosto. As inscrições devem ser feitas no site do  www.memorialvale.com.br.

    O Memorial Vale, um dos espaços culturais do Instituto Cultural Vale, fica na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, e tem entrada gratuita.

    Confira os detalhes da programação da primeira quinzena de agosto no Memorial Vale:

    Até 4/8 – quinta, às 19h –  “Pai”, com o ator Glicério do Rosário

    Com a montagem“Pai”, do ator Glicério do Rosário, o Memorial Vale presta homenagem ao Dia dos Pais. Em cena, o ator interpreta três personagens, numa relação dialética sobre a paternidade: um MC traz os conflitos de Ivan; um professor; e Mateus, um ator; pais em conflito sobre seu lugar social. A montagem, que integra o projeto Gerais Cultura de Minas, traz o tom urbano do Rap, buscando relações sociais menos desiguais, com a potência do afeto de cuidar. A montagem vai ser apresentada no dia 4 de agosto, quinta-feira, às 19h30, com entrada gratuita e com intérprete de Libras. É necessária a retirada de ingressos uma hora antes do evento, sendo no máximo um par de ingressos por pessoa, com lugares limitados.

    Glicério do Rosário apresenta um monólogo sobre a paternidade, apostando na construção de novos homens, sejam pais ou não, a partir das relações de cuidado e afeto. Concebido por Glicério do Rosário, a montagem chama atenção para as possíveis transformações sociais quando

    pais desenvolvem o afeto de “cuidar”. Por outro lado, alerta para os riscos quando o Estado (pai simbólico?) é omisso, perverso, perante o cidadão.

    Como nasce um pai? A partir dessa pergunta, no palco, um ator interpreta três personagens, numa relação dialética sobre a paternidade: um MC, um professor e um ator. Ivan, um professor de história, pai de uma filha adotiva, descrente de qualquer possibilidade de resoluções por meios democráticos, devido à corrupção generalizada, lidera um grupo que pretende explodir a Esplanada dos Ministérios. Em meio às reuniões virtuais de motivação e organização do ato, vê-se na necessidade de dispensar cuidados à filha e percebe-se envolvido num afeto que não experimentara até então. Percebe-se pai, no sentido mais amplo que poderia conceber, e vê-se no dilema da escolha entre a guerrilha e a paternidade. Mateus, um ator, pai de dois filhos, integra a roda de pais da Paternidade Ativa. Entusiasta e incentivador da roda, aos poucos vai percebendo como esse grupo é seletivo, pouco socializado. Descontente em constatar que a maioria dos pais na sociedade não têm acesso ao que essa roda propicia de reflexões e mudanças comportamentais, tenta influenciar os pais da roda a ampliar suas ações, para mais pessoas, para mais espaços. Percebe-se revoltado com os rumos políticos e excludentes do país e, inclusive, da sua própria roda. O Narrador-MC vai mostrando o desenvolvimento dos dois percursos. Vemos a história de Ivan e Mateus se entrelaçarem, se contaminarem e acompanhamos, também, o desenvolvimento do discurso do Narrador-MC, de alertar o Estado sobre os riscos de sua omissão.

    Ficha Técnica:

    Realização – Cia P’atuá/  Concepção, atuação, texto – Glicério do Rosário/ Direção, Fotografia da cena, Iluminação – Geraldo Octaviano/ Cenário, objetos cênicos: Eduardo Félix/ Assistência de Cenografia: Humcorpo Diana/ Trilha sonora: Lobba/ Figurino e adereços: Mariana Arnoni/ Produção Artística e Identidade Visual: Malu Aires/ Operação de som: Cláudio Márcio/ Montagem e operação de luz: Cleverson Eduardo/ Costureiras: Guiomar Silva, Claudia Teixeira e Conceição Teixeira / Fotografia: Guto Muniz

    Glicério do Rosário atua no teatro, no cinema e na TV. Cativou o país na pele do “paizão” Caetano Batista, o mecânico nordestino da novela “Órfãos da Terra” (Rede Globo). É o ator do premiado monólogo “São Francisco de Assis à Foz” e da tragicomédia “Na comédia de Edgar, Alan Põe o bico”. Mestre em Teoria da Literatura pela UFMG (2010), é ator desde 1988, com formação artística livre, por vários profissionais, destacando João das Neves, Cacá Carvalho, Eládio Perez Gonzáles, Babaya e Madalena Bernardes (SP). É conceituado ator teatral, dramaturgo e diretor. Recebeu prêmios de Melhor Ator, Diretor e Espetáculo, com seu monólogo São Francisco de Assis à Foz e de Melhor Texto Infantil com Cocoricó-sol, férias na fazenda, além de indicação a vários outros.

    Até 6/8 – sábado, às 11h – “Conexões musicais”, com Raïssa Anastásia

    Ampliar o universo do sentir. Que música pode sair de uma obra de arte? Como a música pode dialogar com o espaço, com as artes visuais e com o tempo? Provocar sensações para além do ver é a proposta da intervenção “Conexões musicais”, que a educadora e flautista Raïssa Anastásia, apresenta no Memorial Vale, no dia 6 de agosto, sábado, às 11h, com entrada gratuita, sendo necessária a retirada de ingressos uma hora antes do evento, sendo no máximo um par de ingressos por pessoa, com lugares limitados. A performance integra o projeto Sensações Memoráveis, que tem a curadoria de Marco Paulo Rolla. Como uma escultura viva, Raïssa Anastásia pretende, através dos sons, buscar um jogo de cores através da música e assim estabelecer uma relação entre as formas dos quadros e seu próprio sentir. É um convite para tocar e ser tocado. Um incentivo às pessoas a ampliarem seus universos e suas emoções por meio da música. Com sua flauta, a artista vai percorrer, junto com o público, os corredores do Memorial Vale, passando e interagindo com as salas do espaço.

    Raïssa Anastásia é Mestre em Performance Musical (UFMG), Bacharel em Flauta Transversal (UEMG), Bacharel em Flauta Doce (UEMG) e Licenciada em Artes com ênfase em Música (UNIMONTES). Foi vencedora dos Prêmios Jovem Instrumentista BDMG (2005) e Jovem Música BDMG (2006). A artista vem se descobrindo como multi-instrumentista, além de flauta transita pelo violão, cavaquinho, bandolim, clarinete e outros. Buscando entender o papel e atuação das mulheres na música instrumental iniciou uma pesquisa sobre repertório de mulheres compositoras de choro organizando e catalogando mais de 80 compositoras do gênero. Na docência foi professora do Curso de Música da Unimontes e Unincor. Atualmente,  é professora do quadro permantente da ESMU-UEMG e doutoranda em Educação pela UFOP.

    11/8, quinta-feira, duas sessões – às 19h e às 20h30 –  Orquestra Filarmônica de Minas Gerais no Memorial: Mùsica de Câmara 

    A Filarmônica de Minas Gerais, uma das iniciativas culturais mais bem-sucedidas do país é a convidada do Memorial Vale no dia 11, quinta-feira, para duas sessões da “Orquestra Filarmônica de Minas Gerais no Memorial: Concerto de Câmara – Cordas”, às 19h e às 20h30. O evento tem entrada gratuita, sendo necessária a retirada de ingressos uma hora antes do evento, sendo no máximo um par de ingressos por pessoa, com lugares limitados.

    No repertório do concerto estão Reinhold Glière (Kiev, Ucrânia, 1875 – Moscou, Rússia, 1956)

    Oito peças para violino e violoncelo, op. 39 [1909] (8 min); Gavotte; Berceuse, com os músicos Rodrigo de Oliveira, violino e William Neres, violoncelo. Dmitri Shostakovich (São Petersburgo, Rússia, 1906 – Moscou, Rússia, 1975) Quarteto de cordas no 3 em Fá maior, op. 73 [1946] (32 min); Allegretto; Moderato con moto; Allegro non troppo; Adagio (attacca); Moderato, com os músicos Rodrigo de Oliveira, violino, Wagner Oliveira, violino, Daniel Mendes, viola e William Neres, violoncelo. 

    A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais foi fundada em 2008 e tornou-se referência no Brasil e no mundo por sua excelência artística e vigorosa programação. Conduzida pelo seu Diretor Artístico e Regente Titular, Fabio Mechetti, a Orquestra é composta por 90 músicos de todas as partes do Brasil, Europa, Ásia e das Américas. O grupo recebeu numerosos menções e prêmios, entre eles o Grande Prêmio da Revista CONCERTO em 2020 e 2015, o Prêmio Carlos Gomes de Melhor Orquestra Brasileira em 2012 e o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA) em 2010 como o Melhor Grupo de Música Clássica do Ano.

    13/8, sábado, 11h – Camila Damião, com a performance “Trecho”

    O Memorial Vale apresenta, dentro do projeto Diversidade Periférica, que tem a curadoria de Patrícia Alencar, a artista Camila Damião, com a performance “Trecho”, no dia 13, sábado, às 11h, com entrada, sendo necessária a retirada de ingressos uma hora antes do evento, com no máximo um par de ingressos por pessoa, com lugares limitados.

    “Trecho”, o trecho é o intervalo da travessia, é o espaço entre dois pontos. A performance “Trecho” é página da obra “Dançando os dias: diário Digital”, cujo objetivo neste momento é investigar a performance em dois estados diferentes, físico e digital. Em relação ao material de vídeo performance, existe certa linha do tempo por indicação de datas e lugares onde as pesquisas foram realizadas, que se inicia com o encontro da autora com o artista plástico Paulo Nazareth em Santa Luzia – MG. Ela mesma suja de si, se refazendo. “Dançando os dias – diário digital” se trata de um material de investigação de escuta do movimento dos sons e experimentação dos mesmos, propondo um diálogo sensorial, em que a performance é projetada para o vídeo. A autora embarca nesse mar, assumindo performance, direção, áudio e edição. No trabalho, o público terá acesso a arquivos de vídeo danças, vídeo performances, cartas não entregues, páginas do diário, fotografias, trilhas e objetos que compõem o trecho da autora. Logo após a exibição dos trabalhos, a autora deixará um espaço onde o público poderá deixar uma carta, um recado, uma figura, rabisco, ou um áudio sem compromisso como o destinatário. No momento em que o público irá participar da performance, a performer também participa. Durante a performance, a autora irá fazer registros principalmente de áudios para compor uma nova trilha, pois futuramente esse material será usado como roteiro para a próxima fase da performance.

    Camilla Damião iniciou formação em 2013 na escola pública de artes “Valores de Minas”, onde estudou linguagens artísticas da dança, teatro e artes visuais/performance (2013-2015). Em 2015 , direcionou seu foco de pesquisa para as Danças Negras e a Dança Contemporânea, tendo estudado na Escola Livre de Artes Arena da Cultura (20215- 2018) e, atualmente, nos grupos Samba de Terreiro, Corpo Oralidade e Bloco Magia Negra e Afoxé Bandarerê, onde atua como bailarina e intérprete. Ministrou oficinas na área de percepção e preparação corporal – atuou também como produtora e mobilizadora cultural. Atua como pesquisadora, intérprete, realizando trabalhos nas áreas do audiovisual, cinema – como atriz e modelo. Atualmente,  é estudante do curso de licenciatura em dança na UFMG.

    Até 11/9  Exposição “Por Onde Andei”, de Adenor Gondim – continuação

    O Café do Memorial exibe a exposição “Por Onde Andei” do fotógrafo baiano Adenor Gondim até o dia 18 de agosto. A exposição, que integra o projeto Mostra de Fotografia, reúne imagens dos mais de 40 anos dedicados à fotografia documental, com ênfase nos registros de manifestações religiosas populares no nordeste brasileiro. A curadoria é de Eugênio Sávio. 

    Com um reconhecido trabalho já apresentado em diversos museus do Brasil e do exterior, Adenor Gondim nasceu em Ruy Barbosa, no sertão da Bahia, em 1950. Graduado em Biologia pela UFBA, adotou a fotografia como meio de sobrevivência e de expressão. A religiosidade popular se impôs como tema à medida que se afirmavam o fascínio e o respeito pelas manifestações da fé. Nos últimos 40 anos, Adenor construiu um representativo acervo de imagens sobre o catolicismo popular, a religiosidade afro-brasileira e o sincretismo. 

    Serviço: Memorial Minas Gerais Vale 

    Endereço: Praça da Liberdade, nº 640, esquina com Rua Gonçalves Dias, Savassi 

    Funcionamento – Terça, quarta, sexta e sábado: das 10h às 17h30, com permanência até as 18h.

    Quinta, das 10h às 21h30, com permanência até as 22h.

    Domingo, das 10h às 15h30, com permanência até as 16h.

    Entrada Gratuita

    Memorial Minas Gerais Vale

    O Memorial Minas Gerais Vale, um dos espaços culturais do Instituto Cultural Vale, já recebeu mais de 1,1 milhão de pessoas, de todos os lugares do Brasil e de outros continentes. São mais de 1.600 eventos realizados e cerca de 200 mil pessoas em visitas mediadas. Integra o Circuito Liberdade, em Belo Horizonte, um dos maiores complexos de cultura do Brasil. Caracterizado como um museu de experiência, com exposições que utilizam arte e tecnologia de forma intensa e criativa, é um dos vencedores do Travellers’ Choice Awards do TripAdvisor. Na curadoria e museografia de Gringo Cardia, cenários reais e virtuais se misturam para criar experiências e sensações que levam os visitantes do século XVIII ao século XXI. Mais que um espaço dedicado às tradições, origens e construções da cultura mineira, o Memorial é um lugar de trânsito e cruzamento entre a potência da história e as pulsações contemporâneas da arte e da cultura, onde o presente e o passado estão em contato direto, em permanente renovação. É vivo, dinâmico, transformador e criador de confluências com artistas independentes e com diversos segmentos da cultura mineira.