Que passado queremos para o presente e futuro ?

    Editorial da edição 712 do Jornal O Espeto

    As decisões de valorizar ou abandonar o patrimônio histórico e arqueológico é que vai legar para presente e futuras gerações nossa identidade cultural.
    Por exemplo, o abandono do parque do Gogo, que integra o Morro Santo Antônio e Morro Santana é uma opção. A comunidade se manifesta porém os anseios não são ouvidos e cabe ao poder público e a população, conjuntamente ações para valorização do patrimônio.
    A recente derrubada do primeiro hospital de Mariana no parque do Gogo para que suas pedras sejam usadas em obras na invasão é um reflexo do descaso.

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    As palavras “turismo”, “valorização do patrimônio”, “indústria do turismo”, “cultura e identidade”, são usadas apenas em cima dos palanques eleitorais. Mariana por exemplo não tem equipe efetiva na Secretaria de Cultura e Turismo, ou seja, não há continuidade em ações de longo prazo, e grande parte das ações que desenvolve são politicas de turismo baseada em eventos e shows.
    Um dos reflexos disso é a debandada de artistas de Mariana para Ouro Preto.
    E é uma pena termos tão pouco esperança de mudança a curto prazo dessa mentalidade. O ex-vereador Cristiano Vilas Boas realizou a pedido de populares e 53 associações audiência publica para Mariana se tornar patrimônio Cultural da Humanidade. Infelizmente o projeto não seguiu adiante por falta de interesse e visão.
    Mariana carrega o titulo de primeira Capital de Minas, primeira cidade, primeiro Bispado, primeira eleição, primeira Igreja, primeiro Seminário, primeira escola feminina, etc e etc. Não deve ser governada como uma cidade qualquer sem que exista um cuidado com a herança cultural legada pelas gerações oriundas de diversas nacionalidades que juntas fizeram o amalgama de nossa identidade.
    A destruição das paredes do primeiro hospital de Minas para catar pedras traz a pergunta: que passado queremos contar para a atual geração e as futuras ?