Ao longo do século 19, leis de proteção aos animais e institutos de defesa foram sendo criados primeiramente na Inglaterra. Antes disso, de acordo historiadores, existiam apenas restrições à caça, que serviam mais para a garantia do privilégio da atividade para as classes mais nobres e burguesia. Aproximadamente no ano de 1824 que foi criada a primeira instituição de apoio aos animais, a Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals (Sociedade Real para a Prevenção de Crueldade com Animais), existente até os dias atuais, que depois foi expandido por toda Europa, até chegar aos Estados Unidos da América.
No Brasil, a história começa no fim do século 19, quando a organização UIPA, já citada acima neste texto, foi criada na cidade de São Paulo em 1895. A ONG, que existe até os dias de hoje, foi modelo para a criação de outras iniciativas ao redor do Brasil, que tinham o mesmo objetivo.
Ainda de acordo com estudos de historiadores, o grande crescimento na criação dessas organizações se deve ao fato do elevado número de animais acidentados e mortos, durante o processo das profundas transformações urbanísticas. O final do século XIX e início do século XX, mais precisamente entre 1872 e 1920, de acordo com o historiador José Miguel Arias Neto a população brasileira registrava um aumento de 203%.
Com o aumento exacerbado da população nas capitais, também vieram as transformações urbanísticas. Iluminação pública, bondes elétricos, abertura de vias e o aumento do número de automóveis. Tudo isso, ocasionou no aumento de acidente a animais, como burros e cavalos, que começaram a ser abandonados nas vias. O aumento desses acidentes foi um marco para a criação de organizações de proteção dos animais.