A segunda quinzena de outubro no Memorial Vale traz apresentações musicais muito representativas da cultura africana e afrodescendente, cheias de movimento e som dançante: o canto do artista senegalês Mamour Ba e a dança do grupo Afoxé Bandarerê. O Grupo Galpão fará a leitura dramática de um texto de Bertolt Brecht e o grupo Candiero apresentará a peça “Lia-Maria-Mulher”, uma homenagem a “Lia do Vagão”, um personagem tradicional da cidade de Contagem. O Quinteto de Sopros da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais fará duas apresentações nesta quinta-feira, dia 20. As fotografias de Rafael Freire seguem no Café do Memorial até janeiro e a exposição “Para Além das Margens” pode ser vista até dia 4 de dezembro. No Cyber Café, a mostra “Mundo Vasto Acaba Mundo – A cidade invade a vila ou a vila invade a cidade?”, de Rogério Passos segue até dia 4 de dezembro. O fotojornalista Lalo de Almeida é o convidado do projeto Foto em Pauta.
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O Memorial Vale não abrirá no dia 30 de outubro, domingo, por causa das eleições.
O Memorial Vale, um dos espaços culturais do Instituto Cultural Vale, fica na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, e tem entrada gratuita.
Confira os detalhes da programação:
Dia 20, quinta-feira, em duas sessões – 19h e 20h30 horas – Orquestra Filarmônica de Minas Gerais – Música de Câmara | Quinteto de Sopros
O Memorial Vale recebe na quinta-feira dia 20 de outubro, em duas sessões, às 19 horas e às 20h30, o Quinteto de Sopros da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, formado por Cássia Lima (flauta), Alexandre Barros (oboé), Marcus Julius Lander (clarinete), Victor Morais (fagote) e Alma Maria Liebrecht (trompa). No programa, obras de Jacques Ibert, Radamés Gnattali, Samuel Barber, Catulo da Paixão Cearense, Joaquim Antonio Callado, Jacob do Bandolim e Astor Piazzolla. A retirada de ingressos é feita uma hora antes do evento e serão distribuídos no máximo um par de ingressos por pessoa. Lugares limitados.
A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais foi fundada em 2008 e tornou-se referência no Brasil e no mundo por sua excelência artística e vigorosa programação. Conduzido pelo seu diretor artístico e regente titular, Fabio Mechetti, o grupo recebeu numerosos prêmios e menções, entre eles, o Grande Prêmio da Revista Concerto em 2020 e 2015, o Prêmio Carlos Gomes de Melhor Orquestra Brasileira em 2012 e o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA) em 2010 como o Melhor Grupo de Música Clássica do Ano. O CD Almeida Prado – obras para piano e orquestra, com Fabio Mechetti e Sonia Rubinsky, lançado em 2020 pelo selo internacional Naxos em parceria com o Itamaraty; foi indicado ao Grammy Latino 2020.
Dias 22 e 23, sábado 16 horas e domingo 11 horas – Lia-Maria-Mulher
O Memorial Vale recebe no sábado dia 22 de outubro, às 16 horas, e no domingo dia 23 de outubro, às 11 horas, a montagem teatral Lia-Maria-Mulher, em homenagem à Lia do Vagão, notória moradora da cidade de Contagem (MG), mulher independente que confrontou uma sociedade machista, consumista e descartável. O espetáculo é do Grupo Teatral Candiero (Fernanda Signorini e Felipe Pinheiro), com direção de Epa Reis e dramaturgia de Francisco Falabella. Integra o projeto Gerais Cultura de Minas do Memorial Vale. Retirada de ingressos uma hora antes do evento. No máximo um par de ingressos por pessoa. Lugares limitados. Com interpretação em libras no sábado, dia 22.
O grupo Candiêro é formado pela atriz e pesquisadora do corpo e da dança Fernanda Signorini e pelo músico multiinstrumentista Felipe Pinheiro. Instagram @lia_maria_mulher
Dia 23, domingo, 12h30 – Afoxé Bandarerê
O grupo Afoxé Bandarerê se apresentará nas escadarias do Memorial Vale no domingo dia 23 de outubro, às 12h30, dançando e cantando músicas do universo afro, comuns nos centros de Umbanda e Candomblé. O grupo é inspirado na resistência e valorização do povo negro, fonte de saber e conhecimento para suas criações e na luta contra o racismo. A apresentação faz parte do projeto Diversidade Periférica do Memorial Vale, com curadoria de Patrícia Alencar.
O Afoxé Bandarerê nasceu em Belo Horizonte, com o intuito de abraçar a comunidade afro-cultural e para tomar as ruas com a alegria dos terreiros. Este projeto visa não só a divulgação e valorização da cultura negra, mas também a quebra de preconceitos religiosos, racistas e maior integração entre os membros de religiões de matriz africana. Foi criado oficialmente em 8 de dezembro de 2013. Instagram: @afoxebandarere
O projeto Diversidade Periférica traz mensalmente para o Memorial Minas Gerais Vale uma programação artística-cultural com conteúdos que mergulham na trajetória ancestral dos becos e vielas do espaço de saber chamado Favela, e também das comunidades de periferia de Belo Horizonte e vizinhanças.
Patrícia Alencar, curadora do Diversidade Periférica, é mineira nascida na Favela do Morro do Papagaio, em Belo Horizonte. É ativista social, gestora cultural, arte educadora e dançarina, engajada na luta contra o racismo e pela igualdade social, desenvolve suas atividades desde de 1998. Hoje é uma das Diretoras da CUFA (Central Única de Favelas), co-fundadora da Frente Favela Brasil e também faz parte da Associação Sócio Cultural Bataka. Produziu eventos de relevância para Belo Horizonte, como o Dia das Favelas, Taça das Favelas, Carnafavela, Hip Hop Rua, entre outros. Sua atuação tem como premissa a transformação social por meio das artes e por meio do protagonismo de moradores de favelas.
Dia 27, quinta-feira, às 19 horas – Foto em Pauta com Lalo de Almeida
O Memorial Vale recebe no projeto Foto em Pauta, na quinta-feira, dia 27 de outubro, às 19 horas, o fotojornalista paulista Lalo de Almeida, que vem desenvolvendo narrativas multimídias premiadas internacionalmente. Ele vai apresentar o projeto “Distopia Amazônica”, vencedor mundial da categoria Projeto de Longa Duração do World Press Photo em 2022. A conversa, mediada pelo coordenador do Foto em Pauta, Eugênio Sávio, começa às 19h e o público pode participar e comentar ao vivo, nas redes sociais do projeto (Foto em Pauta), ou acessar o conteúdo após sua realização. Retirada de ingressos uma hora antes do evento. No máximo um par de ingressos por pessoa. Lugares limitados. Com tradução em Libras e transmissão pelas redes do projeto.
Lalo de Almeida estudou fotografia no Instituto Europeo di Design em Milão, Itália. Há 28 anos trabalha na Folha, onde vem desenvolvendo narrativas multimídias premiadas internacionalmente. Em 2021 sua série de fotografias “Pantanal em Chamas“ foi premiada em primeiro lugar na categoria Meio Ambiente no World Press Photo. Também em 2021 foi escolhido como fotógrafo ibero-americano do ano pelo POY Latam. Paralelamente ao fotojornalismo sempre desenvolveu trabalhos de documentação fotográfica como o projeto “ Distopia Amazônica “, que em 2021 foi contemplado com o Eugene Smith Grant in Humanistic Photography e vencedor mundial da categoria Projeto de Longa Duração do World Press Photo em 2022 sendo este último o mais tradicional prêmio do fotojornalismo mundial.
Este projeto é realizado em parceira com o Instituto Cultural Vale, com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte. Conta com patrocínio da MGS – Minas Gerais Administração e Serviços.
Dia 29, sábado, às 10 horas – African Voice – O Prazer em Cantar, com Mamour Ba
O Memorial Vale recebe no dia 29 de outubro, sábado, às 10 horas, o artista africano Mamour Ba, que fará o show “African Voice – O Prazer em Cantar”. Seu repertório é baseado na literatura e filosofia musical africana, fazendo durante suas apresentações uma interação com o público. O grupo vocal idealizado e coordenado por Mamour Ba, formado há 5 anos, tem o intuito de levar o povo a ter o costume de cantar. Integra o projeto Sensações Memoráveis, com curadoria de Marco Paulo Rolla. Retirada de ingressos uma hora antes do evento. No máximo um par de ingressos por pessoa. Lugares limitados.
Mamour Ba, do Senegal, África, é formado em Artes pela Universidade de Dakar e fez intercâmbio pela Unesco por diversos países da África, Europa e Américas.
Dia 29, sábado, às 16 horas – Ciclo de Leituras – Grupo Galpão
O Grupo Galpão apresenta no dia 29 de outubro, sábado, às 16 horas, no Memorial Vale a leitura dramática do dramaturgo alemão Bertolt Brecht. A apresentação faz parte do processo criativo de sua nova montagem que está em preparação, prevista para 2023. Retirada de ingressos uma hora antes do evento. No máximo um par de ingressos por pessoa. Lugares limitados. Com interpretação em Libras.
Envolvido na pesquisa de um projeto cênico musical baseado nos temas centrais da obra do dramaturgo alemão Bertolt Brecht, o grupo Galpão propõe a realização desta leitura em torno de seu teatro que mostra o esboço de cenas e músicas costuradas a partir da ideia de um cabaré.
Criado em 1982, o Grupo Galpão tem sua origem ligada à tradição do teatro popular e de rua. Há 40 anos desenvolve um teatro que alia rigor, pesquisa e busca de linguagem, com montagem de peças que possuem grande poder de comunicação com o público. Formado por atores que trabalham e trabalharam com diferentes diretores convidados – como Gabriel Villela, Cacá Carvalho, Paulo José, Yara de Novaes e Marcio Abreu (além dos próprios integrantes que também já dirigiram espetáculos do Grupo) – o Galpão formou sua linguagem artística a partir desses encontros diversos, criando um teatro que dialoga com o popular e o erudito, a tradição e a contemporaneidade, o teatro de rua e o palco, o universal e o regional brasileiro.
Exposições em andamento:
Até janeiro de 2023 – Exposição Rafael Freire
O Memorial Vale recebe a exposição do fotógrafo Rafael Freire, que tem 29 anos e é um fotógrafo independente, morador da Favela da Serra, em Belo Horizonte. Ele se dedica a retratar a vida e a beleza de quem mora ao seu redor, na comunidade conhecida como Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte. Rafael é idealizador do projeto “Favela, a Flor que se Aglomera” e se diz um “contador de histórias reais”. A exposição integra o projeto Mostra de Fotografia, com curadoria de Eugênio Sávio.
Rafael se define como o “expert em peles negras” e “o menino das flores”. “Nascido e criado numa favela, gostamos do passinho do funk, rebolar até o chão, pintar o cabelo de rosa, amarelo, andar sem camisa. Aquele sorriso largo, aquele samba na lage…favela..aquele tanto de criança correndo, nasce um novo conceito, revelando qualquer morador como uma bela e única obra de Art..”..escreve Rafael em seu post no Instagram https://www.instagram.com/rafaelfreiiire/ .
Até 4/12 – Exposição “Mundo Vasto Acaba Mundo – A cidade invade a vila ou a vila invade a cidade?”, de Rogério Passos
O Educativo do Memorial Vale apresenta a exposição “Mundo Vasto Acaba Mundo – A cidade invade a vila ou a vila invade a cidade?” que conta a trajetória da Vila Acaba Mundo por meio da história dos mapas, percurso apaixonadamente percorrido pelo urbanista e arquiteto Rogério Passos, que o explorou ao longo da dissertação de mestrado defendida junto ao Departamento de Geografia da UFMG, no ano de 2021. A apresentação integra o Projeto Novos Pesquisadores do Educativo do Memorial Minas Gerais Vale e pode ser vista até 4 de dezembro.
A mostra acontece no Cyber Café e terá vídeos nos monitores, que abordarão questões relativas à Cartografia, produção de mapas e seus usos. Também haverá algumas reproduções físicas de mapas, uma projeção em uma das colunas transversais e uma plotagem no vidro da porta do jardim de inverno remetendo à Vila Acaba Mundo.
Rogério Passos é urbanista e arquiteto formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mestre em Geografia e doutorando em Arquitetura e Urbanismo na mesma instituição. Possui Graduação Sanduíche em Fundamentos de Arquitectura pela Universidad del País Vasco – Espanha (UPV/EHU). Atuou em educativos de museus como Espaço do Conhecimento UFMG e Museu das Minas e do Metal (MMGerdau). Desenvolve pesquisas sobre cartografia, urbanismo com perspectiva de gênero e planejamento urbano e regional.
Até 21/01/2023 – Exposição “Para Além das Margens”
O Memorial Vale apresenta a exposição “Para Além das Margens”, que tem curadoria de Gabriel Gutierrez e traz obras de Cao Guimarães, Christian Knepper, Elza Lima, Marcel Gautherot, Maureen Bisilliat, Pierre Verger, Ronney Alano, Walter Firmo. As imagens escolhidas foram expostas primeiramente no Pavilhão do Brasil, construído para a Expo 2020, em Dubai. Como um manifesto do que podemos chamar de essencialmente brasileiro, elas transpiram, do momento capturado, a experiência do homem popular em sua epopeia existencial. Intencionalmente, as imagens retratam os sujeitos que habitam o Brasil. A mostra segue em exibição até 21/01/23.
Serviço: Memorial Minas Gerais Vale
Endereço: Praça da Liberdade, nº 640, esquina com Rua Gonçalves Dias, Savassi
Funcionamento – Terça, quarta, sexta e sábado: das 10h às 17h30, com permanência até as 18h.
Quinta, das 10h às 21h30, com permanência até as 22h.
Domingo, das 10h às 15h30, com permanência até as 16h.
Entrada Gratuita
Memorial Minas Gerais Vale
O Memorial Minas Gerais Vale, um dos espaços culturais do Instituto Cultural Vale, já recebeu mais de 1,1 milhão de pessoas, de todos os lugares do Brasil e de outros continentes. São mais de 1.600 eventos realizados e cerca de 200 mil pessoas em visitas mediadas. Integra o Circuito Liberdade, em Belo Horizonte, um dos maiores complexos de cultura do Brasil. Caracterizado como um museu de experiência, com exposições que utilizam arte e tecnologia de forma intensa e criativa, é um dos vencedores do Travellers’ Choice Awards do TripAdvisor. Na curadoria e museografia de Gringo Cardia, cenários reais e virtuais se misturam para criar experiências e sensações que levam os visitantes do século XVIII ao século XXI. Mais que um espaço dedicado às tradições, origens e construções da cultura mineira, o Memorial é um lugar de trânsito e cruzamento entre a potência da história e as pulsações contemporâneas da arte e da cultura, onde o presente e o passado estão em contato direto, em permanente renovação. É vivo, dinâmico, transformador e criador de confluências com artistas independentes e com diversos segmentos da cultura mineira.