Proposta, que será apresentada na Conferência da ONU sobre Biodiversidade, a COP 15, visa mobilizar governos e tornar mandatório o reporte de impactos e dependências de atividades de grandes empresas quanto ao uso de recursos naturais do planeta
Mosaico da Carajás – área de preservação mantida pela Vale
Estudo do Fórum Econômico Mundial mostra que mais da metade do PIB mundial, US$ 44 trilhões em valor econômico, é moderado ou altamente dependente da natureza e de seus serviços. Segundo a Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES), 75% das terras e 66% dos oceanos do planeta já foram alterados pela atividade humana nos últimos 50 anos. Com as perdas significativas de biodiversidade dos últimos tempos, a sociedade e as empresas enfrentam sérios riscos físicos e de mercado. Preocupadas com esta situação, a Vale e outras 300 empresas globais de mais 50 países aderiram à campanha coordenada pela Business for Nature (BfN), lançada hoje (26/10), que busca garantir que os governos elevem o nível de transparência e tornem mandatório o reporte de impactos e dependências de atividades de grandes empresas e instituições financeiras quanto ao uso de recursos naturais e a consequente perda da biodiversidade do planeta.
A BfN é uma coalização global que reúne mais de 70 organizações do mundo e tem como objetivo incentivar as empresas e amplificar a voz empresarial em busca da reversão da perda de biodiversidade no planeta. A campanha culmina na COP 15, que ocorre em dezembro, em Montreal. Durante a conferência governos discutirão um novo acordo global de biodiversidade para os próximos 10 anos, incluindo a Meta 15 que trata sobre a prestação de contas e transparência de informações.
“A ideia é que todas as empresas passem a avaliar e informar suas dependências e impactos à biodiversidade, seja local ou globalmente. Além de trazer mais transparência sobre a atuação das empresas, a proposta da meta 15 traz também a redução dos impactos negativos e o aumento dos impactos positivos”, explica a vice-presidente executiva de Sustentabilidade da Vale, Maria Luiza Paiva.
A Vale acredita que a mineração sustentável é essencial para o desenvolvimento global. Atualmente, a empresa ajuda a proteger cerca de 1 milhão de hectares no mundo, dos quais aproximadamente 800 mil estão na Amazônia. Em 2019, lançou a meta de recuperar e proteger mais 500 mil hectares até 2030 para além das fronteiras da empresa, e vem investindo em arranjos de negócios de impacto socioambiental positivo para agregar ganhos para biodiversidade, clima e pessoas. Para apoiar a transição para um mundo mais sustentável, a companhia criou esse ano o fundo Vale Ventures, no qual aposta em soluções disruptivas para os desafios do setor de mineração e metais, trazendo inovação de fora para dentro – ou seja, promovendo o acesso da companhia a novos modelos de negócios e tecnologias inovadoras para ajudar a transformar o futuro.
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