Prof. Eduardo Campos afirma que as técnicas usadas
para minerar os 250 Kg de ouro usados na tumba
de Tutancâmon foram as mesmas usadas para minerar no Brasil colonial, como pode-se ver nos artefatos encontrados no parque
arqueológico do Gogo expostos no Museu Minas em Mariana
Protegida por um desabamento devido a um terremoto, o único túmulo não violado no Vale dos Reis por ladrões foi o de Tutancâmom, devido ao desabamento de dezenas de toneladas de areia e pedra em cima da entrada que a esconderam por 3 milênios !
O Vale dos Reis fica no meio do deserto, a 400 Km de Cairo, capital do Egito.
O arqueólogo britânico Howard Carter em 1922 notou degraus numa entrada e colocou os trabalhadores para escavar ali, por dois anos, até a char a porta ! Desta vez os tesouros encontrados encantaram o mundo mas ficaram em poder do Estado Egípcio. Era comum os descobridores levarem para Museus os achados arqueológicos, como verifica-se no acervo dos museus na Alemanha, França e Inglaterra.
O que eles encontraram deslumbrou o mundo: quase 5.400 artefatos, incluindo um caixão de ouro sólido pesando 250 kilos, além de uma máscara facial, tronos, arco e flecha, trombetas, um cálice de lótus, mobília, comida, vinho, sandálias, biqueira para os dedos dos pés e roupas de baixo de linho.
Um desafio para os historiadores e arqueólogos foi decifrar de onde veio o ouro usado nos artefatos de Tutancamom. Por dias no deserto várias pessoas tentam achar as minas. O caminho é perigoso, primeiro porque de dia faz 50°C graus e a noite cai para menos 10°C ! Além disso é a noite que as serpentes saem para caçar !
Porém foi descoberta uma rede de postos de água, cada um a um dia de viagem do outro, marcando assim o trajeto que leva a locais onde o ouro era minerado! Lá encontram-se restos de ferramentas, brunidores, pedras desgastadas pela fricção, e ruínas de construções que serviram de moradia para aqueles que sobreviviam naquelas condições tão adversas ! “O formato dos brunidores, uma pedra larga e concava é a mesma encontrada no parque arqueológico do Gogo em Mariana, Minas Gerais, que demostra uso da antiga técnica de mineração africana : triturar as pedras com traços de cristal, pois ali encontrava-se o ouro.” Afirma o Prof. Eduardo Campos, fundador do Museu Minas do Gogo.
“As técnicas de mineração usadas aqui no Parque do Gogo em Mariana pelos escravizados africanos foram as mesmas já utilizas há milênios , conhecimento ancestral passado de geração a geração alterado apenas no século XIX, quando revolução industrial trouxe maquinários, dinamite e modernizou as técnicas de mineração.
O que podemos ver no Parque do Gogo em Mariana é a utilização dessa técnica de mineração ancestral africana . ”
Hoje o Vale dos Reis recebe milhões de turistas que movimentam a economia nacional do Egito !
Já o parque arqueológico do Gogo em Mariana segue sem a devida organização e amparo legal por falta de vontade política, apesar da batalha para preserva-lo junto ao poder público.
“Diferente do Vale dos Reis, aqui em Mariana o parque do Gogo não gera nenhuma renda para o turismo nem preserva-se a história não oficial.” Prof. Eduardo Campos é idealizar do Museu das Minas do Gogo, único espaço destinado a divulgação do acervo arqueológico do Parque do Gogo, afirma que os brunidores usados para triturar o minério são as pedras fundamentais de Mariana ! Para conhecer sobre o museu acesse: www.museuminasdogogo.com.br
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