Não há combate a invasão sem política pública de habitação. Em Mariana, desde do Ex-Prefeito João Ramos Filho, que não vemos a criação de novos bairros visando atender a população! Então sem opções o próprio povo iniciou um movimento de criação de novos bairros! Só na região que começou como invasão existem seis mil casas!
A omissão do poder público de Mariana em oferecer de forma organizada casas populares e bairros criou as invasões, onde quem invade corre o risco de não ter luz, água, serviços básicos, dando origem ainda a grileiros, pessoas que invadem para vender os lotes! Hoje vemos o resultado de 30 anos de falta de politica pública de habitação popular! Claro que algumas iniciativas houveram como entrega de prédios e apartamentos, porém muito aquém da necessidade de moradia das pessoas.
Se não houvessem criado os novos bairros através das invasões, onde estariam essas pessoas ? Mariana praticamente dobrou a população, ainda mais com a população chamada de flutuante, com a chegada de trabalhadores das mineradoras, das empreiteiras da Renova e também de estudantes da UFOP ( ICSA e ICHS) .
Agora os protestos das pessoas interditando ruas, como acesso ao bairro Cabanas dia 18/11, é o resultado da falta de organização da capacidade de fornecer por água, energia elétrica para todas essas pessoas.
È hora da prefeitura correr atrás do prejuízo e se fazer presente, organizando aquilo que o próprio povo criou.
È o papel de nossos governantes atuais fazer o que ao anteriores não fizeram: reconhecer, organizar, e dar qualidade de vida aos novos bairros, que não poderão ser tratados como “invasões”, já que grande parte de moradores de Mariana lá residem.
È hora de encarar as invasões para torna-las locais dignos de moradia, é hora de abrir as estradas e não construir muros como foi feito no acesso do bairro Cabanas a Passagem para evitar acesso a invasão da Vila Serrinha.
Parabéns ao Governo Ronaldo Bento e vereadores por encarar de frente esse problema, dando espaço para participação das pessoas.
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