Residentes reivindicam ações do poder
público contra a falta d’água e luz
Após enfrentarem problemas com o abastecimento de água e luz na última semana, os moradores dos prédios populares do Santa Clara realizaram na manhã desta sexta-feira, 18/11, uma manifestação pedindo ações dos órgãos públicos para a resolução dos problemas. Os manifestantes interditaram a principal via de entrada e saída do bairro Cabanas, próximo ao “Posto Raul”.
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A prefeitura de Mariana entregou há quatro anos o conjunto de prédios do bairro Santa Clara, são quatro prédios e cada prédio com 12 apartamentos. Porém desde a entrega os moradores tem enfrentados alguns problemas, tais como vazamento de água, infiltrações e alagamentos e até já solicitaram a presença da Defesa Civil para que os problemas relacionados ao nos apartamentos sejam resolvidos.
Os moradores também reclamam da falta de água e de energia elétrica nos apartamentos e solicitam medidas da Prefeitura Municipal de Mariana e da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).
De acordo com os moradores, a falta d’água está diretamente relacionada aos problemas de energia elétrica, pois a bomba por muitas vezes queima devido a instabilidade da rede elétrica.
De acordo com o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Mariana (SAAE), os prédios têm reservatórios que, juntos, têm a capacidade de armazenar 80 mil litros de água, mas que precisam de energia elétrica para bombear a água até os prédios, porém por conta do problema no transformador, a água não consegue chegar às moradias.
Outro problema é a grande quantidade de “gatos” ligações clandestinas de luz que sobrecarregam a rede gerando assim instabilidade que podem levar até a explosão do transformador como já aconteceu em ruas vizinhas.
Os manifestantes sem energia há 5 dias, informam que a falta de luz foi causada por uma sobrecarga no circuito elétrico, o que queimou o transformador.
Os moradores contam que na tarde da última quinta-feira, 17 de novembro, técnicos da Cemig estiveram nas moradias populares para averiguar o problema relacionado à luz, mas que nada pôde ser feito por conta de ligações clandestinas de energia elétrica.
Para os residentes, essas ligações irregulares acontecem pois o poder público municipal não realizou a urbanização da área no entorno dos prédios populares do Santa Clara e esses “gatos” levam energia elétrica para a comunidade.
“O que a gente quer é que venha alguém aqui e dê garantia para gente de pelo menos urbanizar ao redor dos prédios, que tirem esses ‘gatos’ de lá e levem energia também para o pessoal da comunidade”, disse um morador.
Buscando a resolução dos problemas, o prefeito interino de Mariana, Ronaldo Bento, recebeu nesta manhã uma comissão de moradores dos prédios populares do Santa Clara.
Houve também a solicitação de um novo disjuntor para resolver o problema com a luz.
REUNIÃO: O jornal O Espeto a convite do prefeito interino Ronaldo Bento acompanhou reunião dos representantes dos moradores do conjunto de prédios do Santa Clara, senhores Nilson, Romarito, Xisto e Fábio.
Eles salientaram que em cada prédio tem um morador com necessidades especiais que carece de atenção e não pode ficar sem água e luz.Um dos motivos da falta de luz, segundo opinião técnica é que os “gatos” foram “mal distribuídos” nas redes causando sobrecarga. Durante a reunião que durou duas horas o Prefeito interino Ronaldo Bento acompanhado de seu secretariado e equipe técnica traçou dois planos de ações: um imediato para reestabelecimento da energia elétrica, o que possibilitará funcionamento das bombas levando água para os moradores prédios. Apesar de muitas pessoas dos prédios usarem ligação de luz clandestinas, muitos tem ligação regular pela CEMIG, assim a prefeitura cobrará reestabelecimento de energia. Aqueles que ocupam os prédios serão notificados e terão 60 para instalar padrão elétrico regular conforme previsto na hora de entrega dos apartamentos, medida está tomada com o aval dos representantes dos moradores presentes.
Sobre os vazamentos no telhados uma comissão de carpinteiros irá avaliar in loco as obras necessárias e possíveis de serem feitas.
O outro plano de ação a longo prazo é início do processo de organização e legalização do bairro Santa Clara do ponto de vista burocrático institucional, com plantas das ruas, CEP, planta de carga elétrica, sendo que este deverá ser formalizado na Câmara o início de suas atividades. Um grupo de servidores formará uma comissão sendo coordenadora Sra. Carla. Essa comissão ficará responsável por levantar as demandas e organizar as ações
Segundo vereador Preto do Mercado ( Manoel Douglas) morador do Bairro Cabanas, o poder público agiu de forma irresponsável ao permitir que os moradores entrassem nos prédios e realizassem expansão das ruas sem organização e agora a Prefeitura deve ajudar em todo processo para garantir aos moradores qualidade de vida, acesso a água e luz.
Vereadores Maurício da Policlínica e Pedro Souza também participaram da reunião.