Após dez anos do início das obras e quase dois anos de fechamento da igreja, foi reaberta, ao culto e a visitação, a Matriz de Nossa Senhora da Conceição, em Cachoeira do Brumado (distrito de Mariana – MG), no último domingo, 27 de novembro.
Com recursos advindos do Fundo Municipal do Patrimônio Cultural – FUPAC, deliberados pelo Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Mariana, mais fundos próprios do município e esforços dos moradores do distrito de Cachoeira do Brumado, a Matriz foi completamente restaurada, em obras civis e elementos artísticos.
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A reinauguração da igreja, aconteceu logo após a procissão, saindo da capela de Nossa Senhora das Graças, conduzindo a imagem da padroeira, Nossa Senhora da Conceição, até a Matriz, a qual foi abençoada e reaberta pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Airton José dos Santos, que também presidiu a santa missa, que foi concelebrada pelo Padre José Geraldo Coura, mais conhecido como Padre Juca, administrador da Paróquia local.
Estiveram presentes na cerimônia autoridades da igreja e do município, como o ecônomo da Arquidiocese de Mariana, Padre Darci Fernandes Leão, o formador do Seminário Arquidiocesano São José, Padre Sérgio José da Silva, o ex-prefeito de Mariana, Duarte Eustáquio Gonçalves, o presidente da Câmara Municipal, Juliano Vasconcelos Gonçalves, e o ex-vereador, José Jarbas Ramos, além de leigos, religiosos e moradores do distrito.
Durante a cerimônia, o Arcebispo de Mariana, Dom Airton, parabenizou o
trabalho realizado pelo Padre Juca, na administração da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, agradeceu a presença das autoridades presentes e também falou sobre a importância de conservar a restauração realizada.
“Nós todos estamos contentes por entrarmos de novo por essa porta da igreja e celebrarmos a eucaristia. Claro que tem coisinhas que nós vamos ajustando.
Ninguém faz tudo de uma vez. E os fiéis aqui, as pessoas que estão mais próximas, os ministros, coordenadores, catequistas sabem que deu um trabalho enorme e, agora, nós temos que cuidar do que foi feito. Verificando os detalhezinhos, para não deixar perder, para que nós possamos utilizar esse espaço bem e por mais tempo, é preciso conservar. Toda restauração tem um momento, um período de conservação e, esse momento é o mais trabalhoso também, o mais exigente, mas precisamos conservar aquilo que conseguimos juntos refazer, restaurar, trazer de novo.
Então, é responsabilidade de todos nós”, destacou Dom Airton.
A reabertura solene da porta principal da Matriz de Nossa Senhora da
Conceição e a entrada pontifical contou com a apresentação e a acolhida da imagem da padroeira pela banda “Sociedade Musical Oito de Dezembro”. Em seguida, foi realizado o rito de bênção da igreja e a Coroação de Nossa Senhora da Conceição, bem como, a leitura e a assinatura da ata de reinauguração. Para fechar o momento com chave de ouro, as autoridades presentes deram destaque a inauguração da placa da igreja. Tudo isso terminou com salvas de palmas, sorrimos e relatos de muita alegria e realização, como o da professora e historiadora, Aparecida Ramos de Lima,
que é nascida e criada em Cachoeira do Brumado.
“Eu tive o prazer de ver a minha igreja da forma como ela foi construída. Lógico, com algumas mudanças que são feitas pelo tempo, mas a igreja voltou às características originais. Acho que isso é muito importante, saber como as pessoas daquela época pensavam quando construíram isso. Através das reformas, descobriram desenhos que a gente sequer imaginava que existissem nas paredes desta igreja. A gente pode ter mesmo noção de como foi difícil a construção dessa igreja. São pedras enormes, pesadas, que estavam escondidas, porque estavam tampadas por tábuas. Então, a gente não tinha noção da grandiosidade dessa obra. Sempre foi uma igreja considerada muito bonita, mas ela tinha muitas cores. Cores
essas que a gente percebe agora que foram surgindo com o decorrer dos anos. Mas o original da igreja é muito mais bonito. São cores que combinam entre si, são cores com um significado religioso. A igreja tem isso de coisas com significados. A gente percebe que na construção da igreja usou-se muito a simbologia bíblica, mas com o passar do tempo ela foi se perdendo. A gente tinha influências também das pessoas
que vieram de fora na época dessa construção e isso apareceu agora. A igreja estava com a estrutura muito debilitada, com muita madeira comprometida, a gente sabe hoje que se não fosse essa reforma, tão aprofundada, a gente poderia perder essa igreja. Então, assim, foi uma reforma difícil, demorada, mas valeu muito a pena”, apontou Aparecida. Fonte:
Departamento Arquidiocesano de Comunicação
Fotos: Mateus José de Souza