Moradores de distrito de Mariana protestam contra condições precárias e interditam estrada

    Moradores  de Palmital e Vargem interditam estrada e impediram  passagem de veículos pesados que segundo eles estão prejudicando a estrada, na quinta e sexta-feira dia 01 e 02 de dezembro. O representante da empresa Mantiqueira Transmissora de Energia S.A. responsável pela construção de torres de transmissão de energia elétrica nos distritos, em reunião com moradores disse a responsabilidade de zelar pelas estradas é da  Prefeitura Municipal de Mariana. O Prefeito interino de Mariana Vereador Ronaldo Alves Bento manifestou nas redes sociais repúdio a ações da Mantiqueira Transmissora de Energia S.A e se disponibilizou a ajudar na resolução dos transtornos.  Impasse continua e protestos podem se repetir. Leia reportagem de João B.N. Gonçalves

    Por João B. N. Gonçalves

                Na última quinta-feira (01/12/2022), os moradores do subdistrito de Palmital/Vargem realizaram uma paralisação contra as más condições nas vias de acesso à comunidade causadas pelas ações da empresa Mantiqueira Transmissora de Energia S.A.

    As manifestações tiveram como objetivo impedir a passagem de tratores e máquinas pesadas da empresa.

                A empresa Mantiqueira Transmissora de Energia S.A. é responsável pela construção de torres de transmissão de energia elétrica no subdistrito, e atua no local há cerca de seis meses.

    De acordo com um morador que pediu para não ser identificado, neste período, as ações da empresa geraram diversos transtornos para a comunidade.

                O principal problema relatado é a degradação das vias de acesso aos subdistritos da Vargem e Palmital, há 40 Km de Mariana.

    Segundo os moradores o trânsito de caminhões e máquinas pesadas tornou algumas áreas intransitáveis de veículos.

    Os moradores afirmaram que empresa utiliza os tratores para arrastar os caminhões nas estradas, o que faz com que a estrada fique barrenta, além disso, houve a destruição de determinados trechos da estrada que servem as comunidades de Palmital, Itabirocó, Vargem, Pombal, Serra do Carmo e Paiolin .

                O gatilho para a paralisação foi a degradação de uma das principais vias de acesso da localidade, que se tornou intransitável.

    De acordo com os moradores, essa situação gerou transtornos e medo na comunidade que viu sua capacidade de transitar ficar reduzida.

    De acordo com o morador, os problemas começaram logo com o início das obras para a construção das torres.

     “São vários os transtornos, como aumento da poeira no período de estiagem, trânsito excessivo de caminhões, máquinas de esteira circulando pelas vias sem sinalização ou segurança, descarte de materiais como restos de marmitex e lixo realizado indevidamente”, disse.

                Os transtornos gerados pelas ações da Mantiqueira Transmissora de Energia S.A. foram ampliados com o período de chuvas. “Com o início do período de chuvas, nossa água ficou barrentas devido às estradas construídas muito próximos de nascentes e à degradação da estrada da localidade, chegando ao ponto de tornar algumas áreas intransitáveis para veículos”, conta um morador.

    Moradores das localidades afetadas interditaram a estrada com troncos de árvores

                Devido ao protesto dos moradores que interditaram a estrada, a empresa Mantiqueira Transmissora de Energia S.A. enviou o seu chefe de obras, Sr. Luis Gustavo Terleski, para uma reunião com a comunidade. No entanto, como contam os moradores, ele saiu sem firmar compromissos com a população do distrito, relatando que poderia ajudar somente em “caráter de doação”, além de afirmar que a responsabilidade é da Prefeitura Municipal de Mariana.

                A Prefeitura de Mariana, por sua vez, se disponibilizou a ajudar na resolução dos transtornos causados pela Mantiqueira Transmissora de Energia S.A.

    Em suas redes sociais, o prefeito interino, Ronaldo Bento, demonstra repúdio às ações da empresa .

                Os moradores da Vargem seguem com suas manifestações e pedem que sejam tomadas medidas que permitam à comunidade voltar a ter direitos básicos garantidos. “[Queremos] voltar a usufruir da estrada e retomar o nosso direito de ir e vir”.