Chega o mês de dezembro e com ele as comemorações de fim de ano, que, dentre outros simbolismos e objetivos, inflam o comércio de todo o mundo “cristão”. Mas, e os judeus? O que comemoram nesse mês? Existe um natal judaico? Na Bíblia, no livro de João, capítulo 10, versículos 22 e 23, temos o seguinte: “E em Jerusalém havia a Festa da Dedicação, e era inverno.
E Jesus passeava no templo, no alpendre de Salomão.” Essa era a Festa de Chanucá, celebrada por Jesus e por todos os judeus e adeptos da fé judaica pelo mundo, ano após ano.
A celebração de Chanucá, conhecida também como Festa das Luzes, é erroneamente tida como o Natal dos judeus, por essa, cair em uma data muito próxima ao Natal, mundialmente conhecido, do dia 25 de dezembro. A palavra hebraica Chanucá significa dedicação, e a festa tem esse nome por celebrar a rededicação do Templo Sagrado a D’US. Voltamos alguns séculos e podemos entender como tudo começou: no século II a.e.C, Jerusalém tinha por governantes, os sírios-gregos (selêucidas), que obrigavam o povo de Israel a aceitar e praticar a cultura grega, e o impedia de demonstrar sua crença em D’US.
Contra tudo e contra todos, um pequeno grupo de judeus, tendo como líder, Judas, o Macabeu, derrotou um grande e poderoso exército, reassumiu o Templo e o rededicou a D’US. No momento em que foram acender a Menorá – candelabro que contém setes hastes – encontraram apenas uma pequena quantidade de azeite de oliva, que era usado para acender as chamas, o que duraria somente um dia, porém, milagrosamente, o azeite rendeu oito dias, mantendo acesa a menorá por todo esse tempo.
Por causa desses feitos, comemora-se Chanucá, no dia 25 de Kislev (que cai, para nós, no mês de dezembro, no calendário gregoriano), o que, algumas vezes, coincide com o natal, fato esse que contribui para a comparação já mencionada acima. Esse ano, a festividade será entre os dias 18 e 26 de dezembro. Em relação às tradições feitas durante a festa, tem-se o costume de comer alimentos fritos em óleo, como o sonho, por exemplo, trazendo à memória o milagre que envolveu o uso do azeite.
Além disso, é costume jogar o “dreidel”, que é uma espécie de dado com quatro lados, em que estão escritas as seguintes letras hebraicas: nun, gimmel, hei e shin, que significam “nes gadol hayá sham”, ou “um grande milagre aconteceu ali”. Tem-se como tradição também, dar às crianças presentes em dinheiro, que além de serem uma recompensa ao estudo da Bíblia, contribui para que elas façam doações ou Tsedacá (caridade). Assim, a festividade traz a caridade, a bondade e o sentimento de ajuda como parcela importante em nossas vidas.
Além do mais, a comemoração gira em torno de milagres, e denota uma sensação de força, dedicação e fé, tendo como um dos objetivos centrais, a guerra contra a assimilação do mundo, em que não podemos nos assimilar ou nos assemelhar às coisas mundanas, ao pecado, às práticas erradas, e sim, mantermos pura a nossa fé.
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