Por Geraldo Mendes
Entendo que a intenção do prefeito em ameaçar a empresa Saneouro com uma intervenção judicial, nada mais é que uma forma de acalmar os ânimos dos vereadores, que estão em via de instaurar a “CPI das obras”.
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Vale lembrar que a maioria dos vereadores compraram a promessa eleitoreira do prefeito de tirar a empresa, ou seja, chamaram para si uma obrigação que não era da Câmara. Como até agora nenhuma ação legislativa surtiu efeito, a pressão recaiu na Câmara de vereadores, que por sua vez, pressiona o prefeito em dar respostas à população.
A redução da tarifa era para ser a primeira e única atitude da prefeitura desde o primeiro dia de governo, mas optaram pelo discurso panfletário e inflamaram a população contra a concessionária.
O “Fora Saneouro” trouxe dívidas às famílias, que acreditando na promessa do prefeito e orientada pelos líderes das manifestações, deixaram de pagar a conta de água, e as famílias de baixa renda não se cadastraram no programa da tarifa social, também por acreditar que a empresa sairia.
Passado mais da metade do governo Ângelo Osvaldo, a empresa continua e a população já não acredita mais na saída da empresa, só que agora está com um problemão: Contas de água sem pagar e o iminente corte do fornecimento. Quem se responsabilizará por isso???
Por fim, entendo que a negociação sobre a redução da tarifa está atrasada, mas ainda há tempo. No entanto, fazer ameaças e ficar falando bravatas só agrava a situação.
Vereadores juntamente com o prefeito podem, de maneira harmoniosa e democrática, resolver o problema que eles mesmos criaram.
