Exposição de Hélio Petrus no Palácio das artes em BH

    No próximo 21 de março, no Palácio das Artes, (av. Afonso Pena, 1537, Belo Horizonte), será inaugurada a exposição “Contínuo Barroco HÉLIO PETRUS”. Essa exposição estará aberta para a visitação do público até o dia 21 de maio, nos seguintes horários: de terça-feira à sábado das 9h30 às 21h e aos domingos das 17h às 21h. Nem é preciso dizer da beleza que está sendo montada para que o público se encante e se maravilhe com a arte que sai dos formões e da inteligência de Hélio Petrus.

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    É nossa mineiridade expressa na arte do “Contínuo Barroco”, de autoria deste marianense tão querido, cuja exposição será ambientada com músicas mineiras do século XVIII. É MARIANA sendo tão bem representada, por HÉLIO PETRUS e pelo MUSEU DA MÚSICA – um dos mais importantes equipamentos culturais do país.


    Petrus, com suas talhas e imagens, faz com que o “barroco renasça a partir dos gestos de cada uma de suas obras, principalmente, sendo ele um mestre de ofício”, que tanto ajudou a várias gerações de artistas. Segundo ele, existem em suas imagens – de Nossa Senhora, dos anjos e dos santos – sua marca pessoal, que são as expressões da alegria luminosa, carregando, assim, a felicidade que transcende todo o drama dos homens da terra. “Minhas imagens estão aqui para testemunhar a felicidade no Reino de Deus”, afirma Petrus. Ele esculpe todo seu trabalho em cedro, uma madeira que não agrada ao paladar dos cupins, sendo, portanto, uma grande vantagem para a preservação da sua obra. Em suas talhas, Petrus faz uso da pátina, que contrapõe a policromia, com tons mais claros e suaves sem o douramento característico do barroco, razão pela qual se designa o seu trabalho como neobarroco.

    Hoje, Belo Horizonte recebe estas riquezas oriundas da primeira capital das Minas do Ouro, primeira Vila e primeira cidade de Minas Gerais. A exposição em causa conta também com ambientação sonora com músicas regravadas de algumas partituras que se encontram no Museu da Música de Mariana, que este ano completa 50 anos de existência. Essas partituras fazem parte do Programa Memória do Mundo da UNESCO.


    A nossa música barroca é o primeiro acorde de um povo que vem se expressando desde os primórdios da nossa mineiridade em uma comunhão nunca vista entre a música e os artistas que eternizaram o barroco mineiro como uma das identidades culturais do nosso Estado. E, Hélio Petrus com sua arte é uma outra vertente que leva Minas Gerais pelo mundo afora.

    Como dizia o saudoso Prof. Roque Camêllo: “Minas Gerais, o Estado que não teve infância, pois já nasceu adulto”, sempre produziu e continua a produzir arte, como nos mostra a riqueza que somos convidados a contemplar na obra de Hélio Petrus e nas músicas barrocas da exposição. Era desejo do Prof. Roque mostrar aos belorizontinos a arte produzida em Mariana, a Primaz de Minas, de onde extraem de suas entranhas tantas riquezas minerais que tanto contribuiu e contribui para o enriquecimento do Brasil. E, que, apesar do trágico acidente que ocorreu no município, a cidade continua linda e produzindo arte!
    Temos a alegria de patrocinar este evento cuja contemplação é um momento de enlevo espiritual. Com a exposição “HÉLIO PETRUS Contínuo Barroco”, incluindo, também, as músicas do século XVIII, Mariana volta a ser vitrine, ao mostrar um pouco das belezas da cidade, berço da cultura mineira.

    ROQUE CAMÊLLO sempre lutou para que Mariana brilhasse e fosse mais conhecida. Infelizmente, a riqueza da cidade de Mariana, oriunda dos impostos pagos pela extração do minério, tem sido tão mal empregada por alguns… Da época do ouro, sobrou-nos a arte. Agora, o que sobrará para a nossa geração e para as gerações futuras, visto que o minério só dá uma safra? E, a arte de Petrus não depende da mineração, é ouro…
    Merania Oliveira
    Presidente-executiva do Instituto Roque Camêllo