Ação integra Programa Mediação de Conflitos e busca fomentar discussão sobre a Lei Maria da Penha e estratégias de enfrentamento a esse tipo de crime
Março foi um mês diferente para alunos, pais, professores, diretores, funcionários e toda a comunidade escolar municipal e estadual das áreas de abrangência das 35 Unidades de Prevenção à Criminalidade (UPCs) onde atua o Programa Mediação de Conflitos (PMC), da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
Para receber notícias no seu WhatsApp clique aqui
E para receber notícias da nossa página no Facebook
Se inscreva no nosso canal do you tube para receber nossas reportagens, clique aqui
Isso por que 23 escolas participaram do “É na Base”, série de encontros, reuniões, atividades lúdicas, dinâmicas, apresentações artísticas, palestras, exibição de curtas-metragens e vídeos, em reunião de esforços no enfrentamento à violência contra as mulheres.
Iniciativa
A iniciativa é da Diretoria de Prevenção Comunitária e Proteção à Mulher, responsável pelo Programa Mediação de Conflitos, da Subsecretaria de Prevenção à Criminalidade (Supec).
O objetivo é fomentar espaços de discussão sobre a Lei Maria da Penha e as estratégias adequadas para o enfrentamento das diversas formas de violência, além de potencializar articulações e o diálogo junto à Educação, propondo espaços de troca e reflexão sobre o tema.
O “É na Base” aproximou Programa Mediação de Conflitos e comunidade escolar.
De acordo com as equipes, as ações se desdobraram em encaminhamentos de atendimentos individualizados de familiares de alunos e alunas e permitiram que outros projetos de prevenção às violências fossem desenvolvidos no ambiente escolar.
Conflitos
A equipe do PMC do Bairro Bom Jardim, em Ipatinga, no Vale do Aço, desenvolveu o projeto em escola municipal com histórico de violência contra a mulher.
A equipe realizou três encontros abordando a temática com os alunos e foi procurada depois por grupo de alunas que identificou violências sofridas dentro da própria unidade escolar. A equipe acolheu o grupo e criou série de intervenções com os jovens e profissionais a fim de sanar os problemas.
Já a equipe do Taquaril, em Belo Horizonte, se deparou com um feminicídio ocorrido em frente a uma das escolas que recebeu o projeto.
Diante do crime, as equipes mobilizaram a rede de apoio e as referências comunitárias e, juntos, pensaram em estratégias para lidar com a situação.
Como resultado, as famílias de alguns alunos, incluindo a da vítima, foram atendidas pelo PMC para falar dos conflitos que vivenciavam e, a partir disso, ocorreram encaminhamentos para redes de proteção ou resolução de conflitos.
“O PMC tem olhar atento à situação de violência contra a mulher e tem criado estratégias para discutir prevenção e enfrentamento à violência doméstica, intrafamiliar, contra crianças e adolescentes. É assim que surge o ‘É na base’, promovendo espaço para que a comunidade escolar identifique as violências que são vivenciadas por elas ou por pessoas próximas e permitindo com que conheçam canais de denúncias e redes de proteção”, explica a diretora de Prevenção Comunitária e Proteção à Mulher da Supec, Tatiana Maia Lobenwein.
Mais ações previstas
Algumas equipeas estenderão atividades para os próximos meses, em sequência às construções realizadas nas instituições este mês.
O projeto já está na segunda edição e mais de 1,5 mil alunos foram contemplados somente em 2022.
Ponto a ser destacado é que a ação conta com boa recepção e interesse das escolas em participar do projeto, que está previsto na Lei Federal nº 14.164/2021.
A lei inclui conteúdo sobre prevenção à violência contra a mulher nos currículos da educação básica e institui a Semana Escolar de Combate à Violência contra a Mulher, a ser realizada anualmente, em março, em todas as instituições públicas e privadas de ensino da educação básica.
Divulgação (fotos): Sejusp / Divulgação