O calendário bíblico e a Páscoa bíblica

    Por: Camila Sousa

    Você sabia que existe mais de um calendário para se contar os dias? O mais utilizado no mundo atualmente pela maioria dos países cristãos é o calendário gregoriano, que foi criado no ano de 1582, na Europa, pelo Papa Gregório XIII, – daí, seu nome – gregoriano, no qual estamos em 2023.

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    Ele surgiu com objetivo de corrigir o calendário anterior a ele, o Juliano. Mas, no judaísmo, é seguido o calendário judaico, que tem sua estrutura muito diferente do gregoriano. O calendário judaico, que é o calendário bíblico, é misto, sendo lunissolar, o que significa dizer que ele tem seus meses baseados nas fases da lua e os seus anos, no ciclo solar. Os judeus utilizam essa forma de contagem de tempo a mais de 3 mil anos para determinar datas de festas, serviços religiosos, casamentos, aniversários, etc.

    Os meses tem 29 ou 30 dias e os anos são compostos, alternadamente, por 12 ou 13 meses. Cada mês inicia-se quando se completa o ciclo entre duas luas novas, ou seja, o primeiro dia de cada mês é sempre o primeiro dia da Lua Nova (Rosh Chodesh, que significa literalmente ‘cabeça do mês’). No calendário bíblico, os meses possuem os seguintes nomes: Nissan; Iyar; Sivan; Tamuz; Av; Elul; Tishrei; Chesvan; Kislev; Tevet; Shevat; Adar e Adar 2 (no ano bissexto).

    Poderíamos dizer então, que estamos, nesse mês de abril, no mês de Nissan, no ano de 5783. Daí, já podemos citar a festa, a qual está sendo comemorada pelos judeus nesse momento. Na Bíblia, em Êxodo 12 diz: “E falou o Eterno a Moisés e a Aarão, na terra do Egito, dizendo: Este mês (Nissan) seja para vós, princípio dos meses; seja ele para vós o primeiro dos meses do ano… No dia dez deste mês, tome para si, cada homem, um cordeiro para cada família, um cordeiro para cada casa”.

    E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito.
    Êxodo 12:13

    A Festa de Pêssach é celebrada entre os dias 14 e 22 do mês de Nissan (esse ano, entre os dias 5 e 13 de abril), e seu nome Pêssach é uma palavra hebraica que significa ‘passar por cima’ ou ‘passar sobre’. A data comemora a libertação dos judeus da escravidão do Egito, e relembra sua trajetória, em que eram oprimidos e foram libertos. Durante oito dias, elimina-se todo o fermento da casa e tudo o que pode fermentar (trigo, aveia, cevada, centeio e espelta), e ingere-se durante esses dias, a matzá (pão ázimo).

    Na primeira noite é feito o Seder, ou o jantar de Pêssach, que conta com elementos especiais em sua composição: água salgada; beitsá (ovo cozido); zerôa (um osso de cordeiro); marôr (raiz forte); charôsset (maçã ou pêra) e Chazeret (ervas amargas), além do vinho. Resumidamente, a primeira Páscoa aconteceu enquanto os judeus eram escravos no Egito.

    A libertação desse povo se deu pouco antes da décima praga, na qual, o anjo da morte desceu ao Egito e matou todos os primogênitos daquela terra, exceto aqueles que em suas casas, havia sido passado sangue de cordeiro nos umbrais das portas, conforme a ordem de DEUS. E assim, essa é mais uma Festa Bíblica que DEUS ordenou celebrar como mandamento perpétuo por todas as gerações e que é comemorada até os dias de hoje.