Programação do debate público sobre as demandas do agronegócio se iniciou com discussões sobre a violência no campo.
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Na primeira parte do debate público “Mundo Agro: negócios, ambientes e desafios”, promovido pela Comissão de Agropecuária e Agroindústria da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta quinta-feira (27/4/23), as discussões se deram em torno da violência no campo. À tarde, finalizando a programação do evento, em pauta estarão os temas infraestrutura e logística.
Pela manhã, a tolerância zero com uma possível agenda de invasões de terra foi a tônica dos pronunciamentos de agentes de segurança, lideranças do segmento, deputados e outras autoridades.
Autores do requerimento para o debate, os deputados Raul Belém (Cidadania), presidente da Comissão de Agropecuária, e Antonio Carlos Arantes (PL), 1º-secretário da ALMG, abriram os trabalhos destacando a disposição de ouvir os trabalhadores rurais na busca por políticas públicas que possam garantir sua integridade física e patrimonial.
“A violência muitas vezes resulta em tragédias, precisamos discutir medidas para evitar invasões e o roubo de maquinário, animais e insumos”, pontuou Raul Belém. “O momento é de muita preocupação. Houve um avanço das invasões este ano, ocuparam até mesmo uma fazenda da Embrapa em Pernambuco”, completou Antonio Carlos Arantes.
O deputado Coronel Henrique (PL), presidente da Frente Parlamentar Agropecuária, lembrou que ontem foi instalada na Câmara dos Deputados uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as invasões de terra no País.
“Temos que colocar na cadeia aqueles que ameaçam quem quer trabalhar. Hoje as pessoas invadem terra para mandar recado político”
Coronel Henrique
Dep. Coronel Henrique
“Invadem não para produzir comida, mas para destruir quem produz”, ressaltou, na mesma linha, Antônio Pitangui de Salvo, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faemg).
Alexandre de Souza Lima, advogado da Faemg, abordou os roubos na zona rural, motivados por bens que podem chegar a milhões de reais. Exatamente por isso a violência no campo muitas vezes implica dívida e falência, o que afeta toda a cadeia produtiva, observou.
Alguns dos principais gargalos, de acordo com o advogado, são o deficit de efetivo policial, a falta de equipamentos e veículos próprios – como câmeras de alta resolução, drones e veículos 4×4 -, o sinal fraco de internet e telefonia, os dados dispersos sobre a violência e a identificação inadequada do gado e de máquinas. Fonte: ALMG.