No último sábado, dia 8 de julho de 2023, o Projeto Alferes comemorou seu 13.º aniversário no salão da Escola Municipal Wilson Pimenta, no Bairro Santo Antônio. A comemoração, que também celebrou os aniversários de algumas das crianças, ocupou toda a parte da manhã, contando com cachorros-quentes, refrigerantes e bolo para os presentes.
Por Hynara Versiani e João B. N. Gonçalves
De um total de 43 crianças matriculadas no projeto, 25 compareceram ao evento, além do presidente Vanderley Lúcio e do morador Wilson Chaves, conhecido como Wilsinho.
As apoiadoras mais antigas do projeto foram homenageadas e receberam certificados, e o presidente reforça que as apoiadoras mais recentes receberão o mesmo tratamento no futuro.
O presidente Vanderlei iniciou o aniversário com agradecimentos a todas as apoiadoras e um discurso sobre a importância do projeto, destacando que ele se mantém graças ao apoio da comunidade local.
“Fico muito feliz que podemos fazer algo para vocês (crianças). Para mim, é emocionante quando chego e vocês me abraçam. Eu vejo vocês como meus filhos”, diz.
Após a fala inicial, as apoiadoras foram chamadas para receberem seus certificados. Taciane Rocha, que participa do projeto há quase cinco anos, diz se sentir maravilhada pelas crianças. “Para nós, eles são realmente como filhos. Alguns até chamam a gente de ‘mãe’, ‘tia’, ‘madrinha’… é um carinho muito grande, não tem nem explicação”, conta.
Outra homenageada, Neide Maria, vê no Projeto Alferes uma busca pelo que as crianças necessitam. “Elas precisam de amor, de carinho, de atenção. Precisam ser ouvidas, e queremos estar aqui para elas”, explica. A apoiadora adiciona, ainda, que o aniversário é mais um degrau que o projeto conseguiu subir: “Graças à ajuda de todos, alcançamos tudo isso, o que é especial para nós”.
Após a pausa para o lanche, foi feito um bate-papo com mais uma apoiadora, Giovanna Batista, que também faz parte do Projeto Alferes há cinco anos. A jovem conversou com as crianças sobre o que elas querem ser quando crescerem, perguntou o que elas gostam no projeto, e também o que gostariam que fosse mudado nele.
Para Giovanna, esse diálogo serve para que o projeto se torne cada vez melhor para os matriculados. A apoiadora revela também que há um planejamento para trazer profissionais para os encontros do Projeto Alferes, de acordo com as profissões que as crianças desejam alcançar. “Queremos trazer essas pessoas para mostrar às crianças que elas podem ser o que quiserem”, explica.
Vanderley Lúcio fala sobre o projeto com brilho nos olhos: “A aceitação das crianças e de suas famílias em aceitar trabalhar conosco mostra que estamos evoluindo e crescendo, pouco a pouco”. O presidente complementa o comentário de Neide ao dizer que as crianças precisam de afeto, de um carinho mais próximo e de atividades desenvolvidas em conjunto.
Apesar disso, Vanderley sente certo preconceito voltado ao Bairro Santo Antônio. Wilsinho, que gravou todo o evento para suas redes sociais, acredita que essa discriminação seja prejudicial para todos. “É difícil ver a luta do Vanderley, pensando se essas crianças vão ter o que comer no dia seguinte, sendo que a nossa cidade tem tanta riqueza que poderia ser destinada ao projeto”, desabafa.
Wilsinho chama a atenção do poder público municipal e de empresários do município para apoiarem o Projeto Alferes.