Evento destaca a força do feminino na arte e na música com tributos às cantoras
Por: João B. N. Gonçalves e Hynara Versiani
O Festival Tudo é Jazz, que aconteceu anualmente em diferentes cidades de Minas Gerais, trouxe em sua edição de 2023 uma emocionante homenagem às mulheres pretas da música e da arte, com um tributo inesquecível a Elza Soares e Nina Simone. Em Ouro Preto, somente na noite de sábado, 5 de agosto, a festividade atraiu mais de 6 mil pessoas para a Praça Tiradentes.
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O evento, conhecido por promover intercâmbios musicais de jazz de diferentes estilos, teve como destaque neste ano o espetáculo “Elza Tributo”, que foi lançado em setembro de 2022 no Rock in Rio. Segundo Suzana Alves, coordenadora técnica do Festival Tudo é Jazz, o show foi “uma catarse e um momento emocionante”, além de ter sido bem recebido pelo público, especialmente pelo desejo de homenagear a cantora Elza Soares, falecida em 2022.
A homenagem à Nina Simone também teve seu espaço, com as apresentações da banda Happy Feet e Thais Moreira, que relembraram os clássicos da cantora e pianista norte-americana, encantando a plateia presente. Além da exposição na Casa de Gonzaga, com quadros que homenageiam as duas cantoras. A mostra ficará em Ouro Preto até o dia 15 de agosto.
A exposição “Nina Soares e Elza Simone”, que homenageou as mulheres pretas da arte e da música no Brasil e no mundo, inspiradas pelas cantoras Nina Simone e Elza Soares. A mostra contou com trabalhos de artistas mineiros que criaram obras de grafite exclusivamente para o projeto com esta temática, e teve a coordenação do renomado estilista Ronaldo Fraga.
Suzana Alves ressaltou a importância da ênfase na celebração do feminino nesta edição do festival, destacando o aumento da participação de jovens e crianças no público, quebrando o estereótipo de que o jazz é destinado apenas a um público mais velho.
O Festival Tudo é Jazz tem uma história de valorização da cultura musical e se destaca por promover o intercâmbio entre diferentes gerações e nacionalidades de artistas. Suzana Alves conta que desde a sua fundação, o evento evoluiu para se tornar mais inclusivo e popular, graças à visão de sua fundadora, Maria Alice Martins, que desejou popularizar o jazz no Brasil.