Vereadores de Mariana criticam atitude da direção da Casa de Apoio em BH

     

    O vereador Marcelo Macedo (MDB) mostrou indignação e condenou a utilização dos marianenses como meio de pressionar por pagamentos, classificando essa estratégia como desumana.

    O vereador Zezinho Salete solicitou uma reunião com os gestores da Casa de Apoio. Ele expressou sua preocupação com a situação e a necessidade de esclarecimentos.

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    O Vereador Ronaldo Bento (PSB) disse que apoiará uma moção de repúdio a direção da Casa de Apoio.

    Por João B. N. Gonçalves

    O fechamento temporário da Casa de Apoio para moradores de Mariana que necessitam de atendimento médico em Belo Horizonte foi tema da reunião da Câmara de Mariana, realizada na última segunda-feira, 4 de setembro de 2022.

    O Presidente da Comissão de Saúde, Vereador José Antunes Vieira (MDB), mais conhecido como Zezinho Salete, anunciou que solicitará uma reunião para obter explicações dos gestores da instituição em relação ao incidente.

    Sexta-feira dia 1 de setembro a Casa de Apoio, local misto de hotel  e restaurante que atende as pessoas de Mariana que fazem exames ou acompanham pacientes em Belo Horizonte teve suas portas fechadas por algumas horas, o que  gerou uma onda de indignação e preocupação entre os pacientes que estavam na capital.

    Poucas horas após o fechamento, a ordem foi restabelecida e a Casa de Apoio retomou suas atividades normais. Porém, a repercussão negativa do episódio não passou despercebida.

      O vereador Zezinho Salete solicitou uma reunião com os gestores da Casa de Apoio. Ele expressou sua preocupação com a situação e a necessidade de esclarecimentos.

    Já o vice-presidente da Câmara, Fernando Sampaio (PSB), que se mostrou profundamente desapontado com a situação, afirmou que faltou bom senso e diálogo na abordagem do problema.

    O Vereador Ronaldo Bento (PSB) também se manifestou sobre a suspensão dos atendimentos na Casa de Apoio de Belo Horizonte. Ele deixou claro que, se necessário, apoiará a iniciativa de uma moção de repúdio, destacando que faltou respeito  da instituição com os pacientes.

    Outro ponto debatido na sessão foi o alegado atraso nos pagamentos, que teria motivado a paralisação do serviço.

    O vereador Manoel Douglas (PV) argumentou que o pagamento não ocorre de pessoa para pessoa e que existe todo um trâmite legal para isso. Um prazo de 90 dias foi mencionado para o cumprimento dos compromissos financeiros.

    O vereador Marcelo Macedo (MDB) mostrou indignação e condenou veementemente a utilização dos marianenses como meio de pressionar por pagamentos, classificando-a como desumana. Ele pediu punição para aqueles que fecharam o local de apoio. A questão continua sendo debatida com a expectativa de  que as explicações dos gestores da Casa de Apoio explicitem as circunstâncias que levaram a esse episódio e sobre as medidas que serão tomadas para evitar sua repetição.

    A Prefeitura de Mariana também emitiu um comunicado sobre a suspensão. Segundo a nota, ainda na sexta-feira, o poder público municipal, assim que tomou conhecimento do acontecido, se mobilizou imediatamente para prestar suporte aos pacientes que estavam em Belo Horizonte, garantindo que os cuidados e assistência necessários fossem retomados de forma eficaz.

    Veja a declaração da Prefeitura:

    “A Prefeitura de Mariana, por meio da Secretaria de Saúde, vem esclarecer que tomou conhecimento na presente data da suspensão unilateral dos atendimentos do serviço prestado pela Casa de Apoio que atende aos pacientes de Mariana em tratamento no município de Belo Horizonte. Importa esclarecer que a Secretaria de Saúde trata de forma isonômica e responsável todos os compromissos financeiros por ela assumido, inclusive não tendo nenhuma pendência financeira com o referido prestador que eventualmente motivasse a medida irresponsável do não atendimento dos usuários de Mariana.

    Ao tomar conhecimento do fato, imediatamente nos mobilizamos para dar suporte a todos os pacientes que se encontravam em Belo Horizonte e imediatamente determinamos a reabertura da casa de apoio com o restabelecimento do atendimento. O que já ocorreu.

    Sempre vamos pautar a saúde como prioridade e assim será o encaminhamento das ações da nossa gestão, mesmo diante do ônus negativo, que pode chegar a 90 milhões deixado pela falta de planejamento. Reiteramos nossa responsabilidade e cuidado com todos os usuários e pacientes que confiam sua saúde na nossa administração, lamentamos eventuais transtornos e informamos que adotaremos todas as medidas necessárias para apurar a responsabilidade dos envolvidos.”