Por: João B. N. Gonçalves
Na última terça-feira, durante a 58ª Reunião Ordinária da Câmara de Ouro Preto, os vereadores se debruçaram sobre o tema do armamento da Guarda Civil Municipal, levantando questões relacionadas à segurança da cidade. Não houve projeto de lei sobre o assunto votado pelos parlamentares, somente a discussão sobre uma futura implementação da medida.
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O Comandante Jonathan Marotta, líder da Guarda Civil, enfatizou a importância desse debate para Ouro Preto. Ele ressaltou que, segundo o estatuto do desarmamento, a Guarda Municipal pode portar arma, desde que os agentes tenham passado por um curso de formação prévio.
Marotta ainda questionou a quem interessa o desarmamento da Guarda Municipal, citando casos de apreensões de armamentos pesados na região e assaltos com armas de fogo na cidade. Ele destacou as duas opções que Ouro Preto enfrenta: uma guarda subutilizada e com limitações de atendimento, ou uma guarda forte, atuante e preparada para atender à população em qualquer horário e localidade.
O vereador Wanderley Kuruzu enfatizou a necessidade de um debate mais profundo, incluindo a escuta da guarda e de especialistas em segurança pública. Ele ressaltou a importância de ouvir aqueles que têm opiniões contrárias e competência na área.
Já o vereador Luiz Gonzaga manifestou sua posição favorável ao armamento da guarda, desde que todos os procedimentos legais e de preparo sejam seguidos. Ele destacou que, se um projeto de lei sobre o armamento da guarda fosse apresentado, ele votaria a favor.
A reunião foi transmitida nas redes sociais, onde a discussão sobre o armamento da Guarda Civil dividiu a opinião da população. Enquanto alguns moradores acreditam que a guarda armada proporcionaria mais segurança para a cidade, outros expressaram preocupações quanto à necessidade de uma capacitação adequada.
O Secretário de Segurança e Trânsito de Ouro Preto, Juscelino Gonçalves, destacou as mudanças realizadas na Guarda Civil Municipal desde sua gestão, incluindo mais de 130 cursos de formação e capacitação. Ele ressaltou o empenho da prefeitura em prover dignidade para os agentes durante esse processo.
Além disso, Gonçalves mencionou a reforma administrativa aprovada pela Câmara, que reestruturou a Guarda Municipal conforme as diretrizes da Secretaria Nacional de Segurança Pública. Essa nova estrutura inclui um corpo de comando, corregedoria e ouvidoria próprios. Também foi investido em equipamentos, incluindo escudos balísticos, coletes à prova de balas e dispositivos de menor potencial ofensivo.