Editorial da edição 768 do Jornal O Espeto
Cabe a comunidade se organizar e elencar aquilo que é referência para que permaneça e não seja destruído ou abandonado !
Aquilo que não é visitado não é conhecido !
O que não é conhecido não é amado !
Quem deve dizer o que é patrimônio para você ? A prefeitura ? O IPHAN ? A Mina da Passagem ?
Não, é você mesmo. Através da ação de seus representantes, vereadores, prefeito, associação de bairros, e por sua ação também, com pedidos ao Ministério Público.
Falar sobre o assunto já adianta muito, porém temos que ter ações para preservar o que nos rodeia e que é importante, pois define a ocupação da região se tornando uma referencia histórica, contando como chegamos até aqui.
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O descaso com o Coreto em Passagem, há mais de um ano interditado, com risco de desabamento demonstra bem isso.
As fitas de isolamento foram retiradas novamente ! Se cair na cabeça de um vai doer !
Preservar e reconhecer os espaços públicos relevantes tem também seus benefícios práticos.
O acesso a bens culturais e aos caminhos não podem ser cercados, como foi colocado porteira na estrada que liga Passagem para o Mata Cavalo e Bairro Santo Antônio, sendo essa a principal estrada de acesso para Mariana por mais de 200 anos, o asfalto veio bem depois.
Reconhecimento do patrimônio histórico e arqueológico é também respeito com as pessoas que tem memórias afetivas com o lugar.
Por exemplo, tanto em Recife como Salvador temos Igreja e cemitério dos ingleses, aberto a visitação como ponto turístico, aqui em Mariana, o local da primeira Igreja protestante de Minas ainda não foi tratado como deve ! Até quando ?
Tomara que a nova administração tenha um outro olhar para nosso patrimônio histórico que não são só os casarões e igrejas barrocas.
As ruínas da Serrinha por exemplo marcam importante época, é possível identificar nas construções toda uma época, uma história que é nossa!
O anuncio da implantação da educação patrimonial nas escolas municipais feito pelo prefeito Celso Cota dá motivo de otimismo em relação ao patrimônio que a comunidade valoriza e ao mesmo tempo reconhece a escola como ponto de fomento e encontro de saberes locais!
Excelente notícia !
