Por que o lixo de Ouro Preto é levado para outras cidades ?
    Foto lixão hoje 2023, feita de drone, já sem lixo : divulgação PMOP

    Falta de investimento e a gestão inadequada transformaram o local do antigo aterro na Rancharia  em um depósito de lixo e levaram a sua interdição pela Justiça em 2016. Segundo o secretário de Meio Ambiente Sr. Chiquinho de Assis o aterro União em Piedade de Ponte Nova tornou-se o destino temporário dos resíduos de Ouro Preto, pois outras opções na região, como os aterros de Mariana e Ouro Branco, Conselheiro Lafaiete, não foram viáveis. Chiquinho de Assis disse que a área do antigo aterro enfrenta desafios ambientais e que o licenciamento ambiental para um novo aterro sanitário  pode levar de três a quatro anos.  De acordo com o Departamento de Limpeza Urbana, a prefeitura dispõe do uso do aterro em Piedade de Ponte Nova por 60 meses, gerando custos de R$ 174,08 por tonelada para o transporte.

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    Por: Hynara Versiani e João B. N. Gonçalves

    Instalado na Rancharia, o aterro sanitário de Ouro Preto, conhecido como Aterro do Marzagão, está interditado desde 2016 por decisão do Ministério Público, pois não possui licença. A transformação do aterro em lixão e desafios judiciais afetaram as operações, levando a soluções temporárias, como o Aterro União em Piedade de Ponte Nova. Desde então, o lixo de Ouro Preto precisa ser levado para outras cidades.

    Os problemas com o aterro de Ouro Preto começaram em 1996, quando a decisão de encerrar o lixão foi tomada. O Aterro do Marzagão foi construído prevendo uma vida útil até 2016. No entanto, a Secretaria de Meio Ambiente informa que a falta de investimento e a gestão inadequada transformaram o local em um depósito de lixo, com a contribuição de fatores como a falta de interesse político e a carência de profissionais capacitados.

    A decisão judicial proibindo o depósito de lixo no aterro impactou as operações, levando a gestão municipal a buscar alternativas. Em 2021, o Plano Intermunicipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos foi aprovado, o que destinou temporariamente os resíduos para o Aterro Municipal de Mariana.

    O Secretário de Meio Ambiente, Chiquinho Assis, afirma que a requalificação da área do antigo aterro enfrenta desafios ambientais. Estudos e consultoria especializada são necessários para definir as ações e obter o licenciamento ambiental para um novo aterro sanitário. Isso pode levar de três a quatro anos, até que se tenham novas alternativas para a gestão dos resíduos.

    Segundo o secretário, o Aterro União em Piedade de Ponte Nova tornou-se o destino temporário dos resíduos de Ouro Preto, pois outras opções na região, como os aterros de Mariana e Ouro Branco, Conselheiro Lafaiete, não foram viáveis.

     De acordo com o Departamento de Limpeza Urbana, a prefeitura dispõe do uso do aterro por 60 meses, gerando custos de R$ 174,08 por tonelada para o transporte e R$ 155,00 para o tratamento e disposição final dos resíduos, totalizando R$ 329,08 por toneladas de lixo.

    Foto atual do local do antigo lixão / aterro sanitário próximo a Rancharia – 2023 divulgação PMOP

    Segundo Sr. Chiquinho de Assis, Secretário de Meio Ambiente, a administração pública de Ouro Preto trabalha na redução da geração de resíduos e custos. O Programa de Coleta Seletiva, por exemplo,  envolve associações de catadores, com custeio do município. A recente Lei nº 1.373/2023 instituiu o Auxílio Catador, fortalecendo o trabalho das associações em meio à crise do mercado de reciclagem. Também a Educação Ambiental é promovida para conscientizar toda a população sobre a importância da gestão adequada dos resíduos.