Roda de conversa em Ouro Preto aborda desafios e descobertas do Transtorno do Espectro Autista


    Evento foi organizado pelo CRAS São Cristóvão


    Por: Hynara Versiani e João B. N. Gonçalves
    Na última terça-feira, dia 9 de abril de 2024, o Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) São Cristóvão, de Ouro Preto, promoveu uma roda de conversa sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). O evento reuniu profissionais e especialistas da área, além de convidados palestrantes e membros da comunidade interessados no tema.

    Assistente social da Fundação Sorria, Maria Dalva;


    Entre os presentes, estavam a assistente social do CRAS, Nádia Cardoso; o psicólogo Filipe Schneider; o coordenador do CRAS, Wagner Jerônimo; a pedagoga do CRAS, Natália Moreira; a assistente social da Fundação Sorria, Maria Dalva; a pedagoga da rede municipal de ensino, Luanna Amorim; o psicólogo da Diretoria de Inclusão/Secretaria de Educação, Eberte Bretas; e a agente administrativa do CRAS, Cássia Maria, da pasta de passe livre e carteira de identificação do autista.

    Coordenador do CRAS, Sr. Wagner Jerônimo;

    Durante o evento, foram abordados diversos aspectos relacionados ao TEA, com destaque para os desafios e descobertas enfrentados no processo de diagnóstico e no cotidiano das pessoas com autismo e suas famílias. Um dos pontos centrais da discussão foi o tema “cuidar de quem cuida”, que se concentra nos sentimentos e necessidades dos cuidadores de pessoas com autismo.

    Assistente social do CRAS, Nádia Cardoso

    Mãe de um rapaz autista de 22 anos, diagnosticado aos 19, Nádia Cardoso enfatizou a importância de oferecer apoio e suporte emocional aos familiares e cuidadores desses indivíduos. “No Mês de Conscientização do Autismo, ouvimos muito sobre o que é, as comorbidades, os direitos. Mas é importante falarmos de quem cuida do autista, dividir nossas angústias e tristezas. Esse é o momento de cuidar de quem cuida”, disse.

    Pedagoga da rede municipal de ensino, Luanna Amorim

    Luanna Amorim, mãe de um menino de 7 anos com TEA, fala sobre como aprendeu a lidar com o diagnóstico ao longo do tempo. “Meu filho tem muita dificuldade na hora de socializar, mas não obrigamos um cadeirante a andar ou um cego a ver. Por que obrigar um autista a falar?”, pergunta. Outros pais e mães de pessoas autistas compartilharam suas experiências, criando um ambiente de acolhimento para os presentes.

    Psicólogo da Diretoria de Inclusão/Secretaria de Educação, Sr. Eberte Bretas


    Ao longo do evento, foram compartilhadas experiências e estratégias para lidar com os desafios do dia a dia, bem como serviços disponíveis na comunidade para auxiliar no cuidado e na inclusão de pessoas com autismo. Um dos recursos mencionados foi a carteira do autista, que facilita a identificação e a prioridade no atendimento, principalmente nas áreas de saúde, educação e assistência social.

    Cássia Maria falou sobre o passe livre e carteira de identificação do autista.


    Cássia Maria explicou o funcionamento da carteira de identificação do autista e como obtê-la: “Em Ouro Preto, ela é feita pela Secretaria de Desenvolvimento Social. O primeiro passo é ir a alguma unidade do CRAS. Vamos passar todas as informações para continuar o processo a partir daí, e a carteira durará cinco anos”.
    Documentos necessários para a carteira autista:

    1. Cópia do documento de identidade do beneficiário;
    2. Cópia do documento de identidade do responsável (para menores de idade);
    3. Cópia do CPF;
    4. Cópia do comprovante de residência atualizado;
    5. Duas fotos 3×4 atuais do beneficiário;
    6. Laudo médico comprovando a deficiência com CID 10 emitido por profissional do SUS, carimbado, assinado e datado pelo médico, com identificação do CRM;
    7. Tipagem sanguínea.
      O evento foi encerrado com uma mensagem de incentivo à continuidade das discussões e ações voltadas para a promoção da inclusão e do bem-estar das pessoas com TEA e de suas famílias.

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