População indígena apresenta perfil mais jovem quando comparada à população total residente no Brasil - Foto: Acervo IBGE
Do 1,33 milhão de quilombolas contabilizados no Brasil em 2022, 135.315 eram moradores de Minas Gerais. Destes, 59.291 (43,8%) tinham até 29 anos de idade em 2022, segundo dados do Censo Demográfico. Outros 54.070 (ou 40,0% do total de) quilombolas que moravam em Minas tinham entre 30 e 59 anos de idade, enquanto 21.954 (16,2%) deles tinham 60 anos ou mais, como se observa no gráfico 1. A proporção de quilombolas com até 29 anos no Brasil (48,4%) é maior que a observada em Minas; por outro lado, a fatia dessa população com 60 anos ou mais é, em âmbito nacional, de 13,0%, o que corresponde a 3,2 pontos percentuais (p.p.) a menos do que a proporção estadual.
Quando se analisa a composição etária dos quilombolas por sexo, nota-se que a proporção da população do sexo feminino se mantém consistentemente maior que a masculina a partir do grupo de 50 a 54 anos. A pirâmide etária dessa comunidade tradicional reflete uma estrutura etária mais jovem no comparativo com a população geral. Num comparativo entre as grandes regiões brasileiras, vale ressaltar que as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste apresentam pirâmides mais envelhecidas quando comparadas às Regiões Nordeste e Norte do país (o que condiz com as proporções por grupos de idade anteriormente apresentada). A seguir, o gráfico 2 traz a pirâmide etária da população quilombola em Minas Gerais.
O índice de envelhecimento representa o número de pessoas com 60 anos ou mais em relação a um grupo de 100 crianças com idade de zero a 14 anos. Quanto maior o valor do indicador, mais envelhecida é a população. Em Minas Gerais, o índice de envelhecimento da população quilombola em 2022 era 81,37, ante 54,98 em âmbito nacional. Isso evidencia uma população de quilombolas no estado mais envelhecida do que a média do país. De fato, o índice de envelhecimento de quilombolas em Minas Gerais é o segundo maior do país, atrás apenas do
Rio Grande do Sul (82,69). Em contrapartida, Amazonas (23,40) e Amapá (28,96) registraram os menores níveis desse indicador.
Há uma expressiva diferença entre os índices de envelhecimento dos quilombolas a depender da localização de seu domicílio (dentro ou fora de territórios quilombolas), especialmente em nível estadual (ver tabela 1). Enquanto, nos territórios quilombolas, a população apresenta índice de envelhecimento de 56,14 em Minas Gerais, este índice sobe para 82,49 para moradores quilombolas em domicílios fora de territórios quilombolas.
Quando o indicador “razão de sexo” apresenta um número maior que 100, significa a existência de populações cujo volume de homens é superior ao de mulheres. Em contrapartida, quando tal indicador é um valor inferior a 100, significa que o volume de homens é inferior ao de mulheres. Em Minas Gerais e no Brasil, a razão de sexo geral dos quilombolas está muito próxima de 100 (99,93 no estado e 100,08 no país). Já a razão de sexo em territórios quilombolas demonstra um volume de homens maior que o de mulheres (107,25 em Minas e 105,89 no Brasil). Fonte: IBGE
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