Caravana Abrapalavra encantou o público.
Destaque para a poetisa Jailda Freitas que declamou o poema “José”, de Carlos Drummond de Andrade. O evento contou com a presença do Coordenador de Literatura na Secretaria de Formação, Livro e Leitura do Ministério da Cultura
Por: Hynara Versiani e João B. N. Gonçalves
Na última quinta-feira, dia 9 de maio de 2024, foi realizado um sarau na Casa da Ópera, em Ouro Preto, que contou com poesias, histórias, apresentações musicais e uma roda de conversa.
O evento foi parte do projeto “Caravana Abrapalavra: Arte, Literatura e Bem-Viver”, fundado por Chicó do Céu e Aline Cântia.
A roda de conversa foi ministrada por Aline, que conduziu o diálogo entre o Coordenador de Literatura na Secretaria de Formação, Livro e Leitura do Ministério da Cultura, Igor Graciano, e o público. O bate-papo teve como tema principal as políticas públicas para literatura.
O coordenador ressalta a importância dos municípios terem instituições voltadas especificamente para a cultura. “A nível nacional, estamos elaborando o Plano Nacional de Livro e Leitura, uma referência para que sejam instituídos os planos estaduais e municipais”, diz. Igor também explica a necessidade de haver leis e políticas regionais voltadas à cultura: “O plano nacional tem diretrizes gerais, mas as demandas locais só podem ser identificadas a partir de um plano municipal”.
Após a roda de conversa, diversos artistas se apresentaram.
Marcelino Xibil e Olívia Coelho contaram histórias; Jailda Freitas declamou “José”, de Carlos Drummond de Andrade; João Lemos declamou poesia slam; Yago Rufatto fez um teatro de bonecos; e Diego e Samba Preto fecharam o evento com uma apresentação musical, que envolveu todo o público e os artistas presentes.
Jailda expressa sua felicidade em participar do encontro: “Foi um prazer muito grande fazer parte desse momento, ainda mais que estamos na construção do Plano Municipal de Leitura, Literatura e Oralidade, que é muito importante. Estamos construindo, nos apresentando, divulgando essa cultura, que ficou adormecida por muito tempo. Estar aqui é memorável para os artistas e para o público”.
Para Chicó do Céu a união da roda de conversa com as apresentações proporciona momentos únicos. “É muito bom quando trazemos essas pessoas aos locais e falamos dessas questões. Nos ajuda a pensar formas para a cultura estar mais viva no local, e é uma coisa que salva a gente”, destaca.
O fundador reforça que, trabalhando as temáticas de forma híbrida, é possível alcançar mais pessoas. “O encontro de hoje é justamente isso, é um momento importante para reunirmos o poder público e também a sociedade, as pessoas que gostam de cultura”, declara.
Chicó diz que a expectativa da Caravana Abrapalavra é que, a partir desse primeiro encontro, que o contato seja mantido e fortalecido, e que o acesso a pontos de cultura seja facilitado. “Nós estamos sempre aí, circulando como artistas. Não só nós, do Instituto Abrapalavra, mas todas as pessoas que se envolveram. Ouro Preto tem muitas iniciativas de cultura que não são reconhecidas. Então, nosso próximo passo é ajudar essa galera a se reconhecer como ponto de cultura”, afirma.
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