O jornal O Espeto participou de entrevista coletiva a convite da CONAB onde foi estabelecido que recurso de até R$ 7,2 bilhões destinados à compra de arroz.
Por: João B. N. Gonçalves
Na última quarta-feira, 29 de maio de 2024, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizou uma coletiva de imprensa de lançamento do edital para a aquisição de 300 mil toneladas de arroz importado. A mercadoria importada terá preço tabelado e um rótulo próprio do Governo Federal, para garantir que o arroz seja vendido por no máximo R$ 4 por quilo.
Segundo o presidente da Conab, Edegar Pretto, o Governo Lula liberou um total de R$ 7,2 bilhões para adquirir até um milhão de toneladas do arroz importado. A compra não será realizada de uma única vez, num primeiro momento, serão 300 mil toneladas, com a estatal autorizada a gastar R$ 1,7 bilhão.
A importação é uma medida para reduzir o impacto econômico das inundações no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da oferta nacional de arroz.
“Essa medida não tem nenhum outro objetivo a não ser olhar o conjunto do nosso país. Nos últimos 30 dias tivemos um aumento entre 30% e 40% no preço do arroz e não temos o objetivo de confrontar os nossos produtores”, declara Pretto.
Em torno de 600 mil toneladas de arroz que ainda estavam nas lavouras do Estado foram perdidas. O Rio Grande do Sul também enfrenta problemas para transportar o grão já colhido por conta da interrupção de estradas. Esses problemas fizeram com que o preço do alimento aumentasse no mercado nacional.
De acordo com Edegar Pretto, o objetivo das importações é equilibrar o preço do arroz no mercado nacional, fazendo-o chegar mais barato ao consumidor final, sem impactar no produtor brasileiro: “Queremos fazer um equilíbrio, nós não queremos que essa compra importada venha competir com a nossa produção nacional. Compramos as primeiras 300 mil toneladas e avaliaremos o impacto no mercado”.
O diretor de operações e abastecimento da Conab, Sílvio Porto, explica que o preço do quilo do arroz foi definido com base no valor da saca antes da crise climática no Rio Grande do Sul. “Se pegarmos o preço antes do problema climático, estava em torno de R$ 25 reais uma saca de cinco quilos no mercado. Estabelecemos um deságio (diminuição) de 20% e chegamos a esse valor de R$ 4 por quilo”.
Os países do Mercosul são os principais fornecedores externos de arroz para o mercado nacional. Por ser uma zona de livre comércio, não há imposto para vender ao Brasil. Para dar condições para outros países venderem para o Brasil, o Governo Federal zerou a tarifa de importação do arroz.
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