Produtores rurais ouvidos pela Câmara de Mariana relataram que problemas como o abastecimento de água bruta e oferta de alimentação animal persistem nove anos após o desastre socio-técnico. Esses produtores Eles apontaram ainda a dificuldade em opinar no projeto das benfeitorias construídas em suas propriedades, ocasionando em problemas estruturais que poderiam ter sido adequados. Nas duas propriedades visitadas, ambas no subdistrito de Pedras, segundo informações da Câmara de Mariana, foi possível constatar que as famílias atingidas ainda não conseguiram retomar a capacidade de produção anterior ao rompimento.
Leia o texto na íntegra abaixo publicado pela equipe de comunicação da Câmara de Mariana nas redes sociais:
REPARAÇÃO – Na manhã de quinta-feira, dia 20/06/2024, a Câmara de Mariana, por meio do Grupo de Trabalho de acompanhamento da reparação nos territórios rurais atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão, realizou uma visita técnica na zona rural do município, para averiguar a real situação de produtores rurais que aderiram ao Plano de Adequação Socioeconômica e Ambiental (PASEA).
O programa foi criado pela Fundação Renova em dezembro de 2016 com a finalidade de dar suporte aos produtores rurais que tiveram as suas atividades econômicas afetadas.
A visita aconteceu em continuidade à reunião realizada no último dia 07/06/2024, em que a Fundação Renova apresentou os dados de desempenho do PASEA.
A partir desses dados, foram sorteadas duas propriedades para receberem a visita do GT, que é formado por uma comissão composta por representantes da Comissão de Atingidos pela Barragem de Fundão (CABF) e da Assessoria Técnica Independente (ATI), prestada pela regional mineira da Cáritas, da Fundação Renova, além do Legislativo e Executivo Municipal.
Nas duas propriedades visitadas, ambas no subdistrito de Pedras, foi possível constatar que as famílias atingidas ainda não conseguiram retomar a capacidade de produção anterior ao rompimento.
Segundo esses produtores, problemas como o abastecimento de água bruta e oferta de alimentação animal persistem nove anos após o desastre sócio-técnico. Eles apontaram ainda a dificuldade em opinar no projeto das benfeitorias construídas em suas propriedades, ocasionando em problemas estruturais que poderiam ter sido adequados.
O produtor Marino D’Ângelo, membro da comissão pela comunidade de Paracatu de Cima, ressaltou que os produtores que não aderiram ao PASEA não receberam nenhuma assistência da Fundação Renova e de suas mantenedoras (Vale, Samarco e BHP) desde novembro de 2015, estando em situação de vulnerabilidade ainda maior do que as famílias que aderiram ao programa e foram desassistidas posteriormente pela Fundação.
Fonte e fotos: Câmara de Mariana – redes sociais
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