Alunos do Senai em Mariana apresentam soluções para problemas ambientais

    Projetos fazem parte dos trabalhos de conclusão dos cursos técnicos da unidade de Mariana

    Por: João B. N. Gonçalves e Hynara Versiani

                Nesta quarta-feira, 14 de agosto de 2024, os alunos do curso técnico de Meio Ambiente do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de Mariana apresentaram seus trabalhos de conclusão de curso com propostas de soluções para problemas ambientais. Os projetos são desenvolvidos ao longo da formação e devem gerar impacto na sociedade.

                Ao todo, 100 alunos se formaram nos cursos técnicos da unidade de Mariana, dos quais 25 pertencem ao curso de Meio Ambiente. Esses estudantes, ao longo de um ano e meio de formação, desenvolveram projetos inovadores que abordam desde a reutilização de resíduos até a criação de tecnologias que visam minimizar os impactos ambientais.

    Os trabalhos de conclusão de curso fazem parte de um processo contínuo no Senai, como explicou a pedagoga Maria Izabel Ramos, pedagoga da instituição. “Esses trabalhos são desenvolvidos ao longo de todo o curso técnico. Temos uma plataforma (SAGA) onde a indústria cadastra diversas demandas, e os alunos escolhem uma delas para solucionar. As soluções apresentadas devem ser inovadoras, com viabilidade técnica e econômica, podendo ser adotadas por empresas interessadas”.

    Alguns projetos tiveram destaque na apresentação. O primeiro projeto, desenvolvido pelo grupo “Uaiminduim”, formado pelos estudantes Samira Silva, Estevão Oliveira, Paulo Chagas, Maria Clara Mendes e Stephanny Pires, trouxe uma solução para a empresa Grãos União, que enfrentava o desafio de lidar com o descarte excessivo de pele de amendoim.

    A empresa enfrentava uma sobrecarga de pele de amendoim que seria descartada. “Criamos um material, uma espécie de papel, feito com pele de amendoim, papel reciclável e com resina natural, que é a cera de abelha. Esse papel é ideal para embalagens ecológicas e biodegradáveis, que se decompõem aproximadamente entre dois e quatro meses”, explicou a aluna Samira Silva.

                Outro projeto de grande relevância foi o desenvolvido pelo grupo “Heat Sensors”, formado pelos alunos Tayza Martins, Estefany dos Santos, Nicolas Monteiro, Lorrayne Cerceau e Martha Oliveira. O grupo criou um sensor capaz de detectar a presença de fumaça em áreas de pastagem e florestas, permitindo a atuação rápida das brigadas de incêndio, principalmente na cidade de Visconde do Rio Branco, onde os incêndios florestais são uma constante ameaça.

                O grupo criou um sensor de fumaça capaz de detectar possíveis incêndios florestais e pastagens, para minimizar os impactos causados por esses incêndios e permitir um controle rápido pela Brigada do Corpo de Bombeiros. “A nossa ideia visa minimizar a degradação do solo, a poluição atmosférica e o alastramento das chamas, além de permitir um controle rápido da Brigada do Corpo de Bombeiros” detalha a estudante Tayza Martins.

                A instrutora de Meio Ambiente, Anna Carolina Castro, destacou a importância desses projetos para a formação dos alunos e para a indústria. “A desenvoltura de projetos de inovação é justamente focada em resolver problemas e incentivar a criação de novos produtos. Também é sobre empreendedorismo e multidisciplinaridade, juntando ideias inovadoras para o mercado.”

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