Inquérito já está instaurado e polícia fez a captura de um suspeito no local
Por: Hynara Versiani
Na madrugada da última terça-feira, 20 de agosto de 2024, a sede da Associação de Pessoas com Deficiência de Mariana (Adem), atualmente localizada na Rua Piauí, sofreu um furto. O crime constitui mais um na recente onda de furtos em Mariana, com vários comércios sendo atacados também no Centro.
A atual presidente da Adem, Gilma Vilas Boas, relata o ocorrido: “Logo pela manhã, o pessoal chegou para abrir a sede, por volta de 8h da manhã, e foi verificado o arrombamento da porta. Eles me acionaram, cheguei ao local um pouco depois de 8h30, e logo fiz a ligação para a polícia”.
De acordo com a presidente, alguns itens não foram encontrados na sede: um aparelho de televisão, um dispositivo celular e uma quantidade não especificada de dinheiro. “Mariana está uma vergonha, roubo todos os dias. O nível do arrombamento é o de uma cidade sem lei”, lamenta.
Vale destacar a diferença entre um furto, um roubo e um assalto. Um furto ocorre quando não há uso de violência, isto é, o indivíduo pega algo e sai. Se ele entra, bate, mostra a arma mas não a usa, entre outras, é classificado como roubo. Mas quando se diz que é um assalto, entende-se é que a pessoa está com uma arma na cabeça.
Segundo um vizinho, por volta das 3h da manhã, a polícia foi acionada e fez a captura de uma pessoa no local. Por ora, não há outros relatos e não foi obtida nenhuma outra informação. Gilma declara que irá ao batalhão para verificar o que aconteceu e se outros itens foram levados.
O delegado Marcelo Bangoim, da Polícia Civil, explica que o furto é um crime complicado, pois se não houver testemunhas ou pelo menos uma câmera de boa resolução que identifique o autor, a apuração se torna difícil. “No caso específico do furto na Adem, um inquérito já está instaurado, e eu já fiz a ordem de serviço de inspetoria para apurar o caso com os investigadores”, diz.
O delegado afirma que é possível fazer um boletim de ocorrência (B.O.) na própria Polícia Militar de Mariana, mas se houver flagrante, é necessário que se vá até Ouro Preto. “Para a confecção do B.O., quando é apenas para registrar, não é preciso ir pra Ouro Preto. Mas caso haja situação de flagrante, ou o comerciante seja uma vítima e haja flagrante, todos precisam ir para Ouro Preto. Isso inclui as testemunhas, a vítima e o conduzido”, esclarece.
Se o objetivo for apenas registrar o ocorrido, isso pode e deve ser feito em Mariana, para facilitar e agilizar o processo. O registro pode ser feito na delegacia de polícia de segunda a sexta, no horário expediente, ou na Polícia Militar, 24 horas por dia.