Por: Hynara Versiani e João B. N. Gonçalves
Na última terça-feira, 26 de novembro de 2024, a Escola Municipal Professora Santa Godoy, localizada na Rua Wenceslau Braz, realizou um simulado de emergência com foco em incêndio. A atividade, promovida pelo Programa Escola Segura da Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil, teve como objetivo avaliar a eficácia dos protocolos de segurança estabelecidos e a prontidão da comunidade escolar em situações de risco.
Instituído pela Lei n.º 3.647/2022, o Programa Escola Segura tem como objetivo preparar as escolas municipais de Mariana para lidar com diversas situações de emergência, desde pequenos acidentes até grandes incidentes, como incêndios. Através de oficinas e treinamentos, os alunos, professores, funcionários e pais aprendem a identificar os riscos e tomar as medidas adequadas.
A diretora da escola, Carlene de Almeida, contextualiza o programa para a instituição: “A Santa Godoy implementou o Programa Escola Segura, com parceria da Defesa Civil, em 2023. Então, em 2023 e 2024, tivemos vários encontros de formação com os alunos e com os profissionais da escola”.
Carlene destaca a importância de realizar simulados regularmente para identificar os pontos a serem aprimorados. “Esse programa trabalha os protocolos de segurança e nos ensina a atuar em situações de emergência. É muito importante que todas as escolas trabalhem isso, para anteciparmos nossas ações e garantir a segurança dos alunos”, afirma.
O simulado
Na Escola Santa Godoy, a partir do início do simulado, todos devem ir à rota de fuga sinalizada, seguindo pela parte lateral do prédio até a pracinha aos fundos. Agente de proteção e defesa civil de Mariana, o GCM André Machado acompanhou todo o simulado, e avalia positivamente o desempenho da escola. “Foram seis minutos e dez segundos do aviso da iniciativa de abandono até a chegada ao ponto de encontro. Esse é um tempo excelente, o mais importante é tomar a iniciativa no tempo exato”, relata.
Apesar disso, ele ressalta alguns pontos que podem ser aprimorados nos próximos simulados: “Alguém formou um quarteto, mas a evacuação deve ser feita em dupla ou trio. Também houve muita conversa assim que chegaram às escadas, provavelmente porque ela não dá vazão o suficiente para evacuação, acumulando algumas pessoas. Isso é um ponto que precisamos estudar”.
O GCM relembra que a estrutura da escola é essa, e que é preciso “fazer bem com o que se tem”. Além disso, foi mencionada a importância de conferir se todas as salas estão fechadas antes de sair e de fazer a chamada com atenção para que ninguém seja deixado para trás. Também foi sugerida a instalação de hidrantes dentro da escola e a utilização de uma sirene específica para sinalizar emergências.
Encerrada a simulação, esses e outros pontos foram discutidos com o Comitê Escola Segura. André declara que as questões a serem melhoradas nos próximos exercícios são, em grande parte, por esse ter sido o primeiro simulado da escola. “E justamente, é isso o simulado: entender o que pode ser melhorado. Porque o simulado aceita erros, mas uma situação real de emergência pode ser fatal”, alerta.
Como funciona o Programa Escola Segura?
O Programa Escola Segura trabalha vários procedimentos e protocolos de emergência dentro das escolas, onde a própria gestão escolar pode tomar as iniciativas corretas para minimizar os riscos. As oficinas e os treinamentos são trabalhados ao longo do ano através do Comitê Escola Segura.
O GCM André Machado explica a existência do comitê: “Não há a possibilidade de treinar toda a escola, pois ela tem mais de 150 pessoas. Cria-se esse comitê, composto por brigadas treinadas e capacitadas em diversas situações, e essa brigada também é responsável por disseminar dentro da escola todo o conhecimento”.
Para ele, o simulado mostra um parâmetro geral de tudo praticado durante o ano. “Às escolas pertencentes ao Programa Escola Segura, foi disponibilizado um protocolo chamado Procedimento Operacional Padrão Escolar (POPE). Ali, temos várias regras de comportamento diante determinadas emergências. Só sabemos se esse protocolo está apto a ser executado através do exercício de simulado”, diz.
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