Proposta do vereador Ricardo Gringo sugere transformação da Guarda Municipal em Polícia Municipal e prevê armamento para os agentes
Por: João B. N. Gonçalves
Na 16ª Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Ouro Preto, realizada na terça-feira, 11 de março, foram discutidos dois Projetos de Lei (PLs) que tratam da reformulação e ampliação das competências da Guarda Municipal. O principal destaque foi o PL 763/2025, de autoria do vereador Ricardo Gringo (Republicanos), que propõe a modificação da designação da corporação para Polícia Municipal de Ouro Preto e sugere o armamento dos agentes para reforçar a segurança na cidade.
O vereador Ricardo Gringo defendeu a iniciativa afirmando que a mudança vai muito além da nomenclatura. Segundo ele, a proposta busca equipar a nova Polícia Municipal com os instrumentos necessários para atuar de maneira mais eficaz na proteção da população. “Estou muito feliz com a proposição desse projeto, porque não visa apenas a nomenclatura de Guarda Municipal para Policial Municipal. Vai muito além disso. A gente pede também todo o aparato que a polícia municipal vai precisar, inclusive armamentos, que é uma discussão que a gente está chamando de audiência pública, mas já está no projeto. O que eu busco é a otimização da segurança para os ouro-pretanos”, afirmou Gringo.
O vereador destacou ainda os recentes casos de violência na cidade, como ataques registrados na Praça Tiradentes e o desaparecimento de uma moradora do bairro São Sebastião. Para ele, a transformação da Guarda Municipal em Polícia Municipal permitiria uma atuação mais integrada e eficiente no combate à criminalidade.
Além da proposta de Ricardo Gringo, também foi debatido o PL 769/2025, do vereador Alex Brito (PDT), que visa à ampliação das competências da Guarda Municipal, permitindo sua atuação em um leque maior de situações relacionadas à segurança pública. “Vivemos um momento em Ouro Preto, assim como em Minas Gerais e no Brasil, com uma grande incidência de casos de violência doméstica, violência contra as mulheres e furto ao patrimônio, como aconteceu na joalheria em Ouro Preto. Nosso interesse é que a Guarda Municipal tenha mais poder para agir nesses momentos”, destacou Brito.
Ele ressaltou que a cidade mudou ao longo das últimas décadas e que a segurança precisa acompanhar essa evolução. “Nossa cidade não é a mesma de 30 anos atrás. Hoje, temos uma cidade estudantil, com uma universidade, uma escola técnica e várias empresas. Precisamos que a Guarda tenha mais poder para defender nossa população”, afirmou.
Os projetos seguem para discussão e avaliação da Câmara Municipal. Uma audiência pública será realizada para debater as propostas, especialmente no que diz respeito ao armamento da corporação. A medida tem gerado debates entre os vereadores e a população, que acompanhará os desdobramentos das propostas.
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