
Por: Rozembergue Alex Teixeira
Poucos sabem, mas o nome de Alberto Santos Dumont, reconhecido mundialmente como um dos pais da aviação, também está eternizado além da atmosfera terrestre. O brasileiro é o único cidadão do país que dá nome a uma cratera na Lua, uma homenagem internacional ao seu pioneirismo na conquista dos céus.

A Cratera Santos-Dumont está localizada na região do Mar da Serenidade (Mare Serenitatis), uma das áreas mais exploradas e fotografadas durante as missões espaciais, especialmente as da era Apollo. A escolha de seu nome foi feita pela União Astronômica Internacional (IAU) — entidade responsável por catalogar oficialmente os nomes de formações planetárias — como forma de reconhecer a contribuição inestimável de Dumont para a aviação e, simbolicamente, para o avanço da exploração espacial.
Um legado que ultrapassa fronteiras
Nascido em 1873, em Minas Gerais, Santos Dumont foi um gênio inquieto. Seu feito mais famoso — o voo do 14-Bis em 1906 — é considerado o primeiro voo homologado de um avião com propulsão própria, decolando por seus próprios meios. Seu espírito visionário abriu caminho para a era da aviação, sendo reverenciado não apenas no Brasil, mas por engenheiros, pilotos e cientistas ao redor do mundo.
A homenagem lunar é mais do que simbólica: é um reconhecimento de que o impulso para conquistar o espaço começou com aqueles que ousaram voar. E Dumont foi um dos primeiros a provar que o céu não era o limite — apenas o começo.
Um nome entre as estrelas
A cratera Santos-Dumont tem cerca de 8 km de diâmetro e está próxima do local de pouso da missão Apollo 15, em 1971. Ela figura ao lado de outras crateras que homenageiam nomes como Galileu Galilei, Isaac Newton e Nikola Tesla — um seleto grupo de mentes brilhantes que mudaram o rumo da ciência.
Com essa distinção, o Brasil tem o privilégio de ver um de seus filhos mais ilustres figurando entre os eternos nomes da astronomia e da história da humanidade. Fonte consultada: União Astronômica Internacional (IAU) – Organização responsável pela nomenclatura oficial de formações planetárias.
Site oficial: https://www.iau.org
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