Aglomerações nos dois ambientes podem levar a explosão de novos casos |
Com a retomada das atividades na maior parte do Brasil, as aglomerações são cada vez mais comuns – durante o final de semana as praias estão lotadas, bares estão cheios e há diversos relatos de festas privadas e também em espaços externos. O descuido com as medidas de proteção pode levar a uma nova onda de infecções da COVID-19. Isso já vem acontecendo em alguns países da Europa como Reino Unido, Espanha, França e Alemanha e a Organização Mundial da Saúde (OMS) vem alertando sobre um novo surto no continente.Os especialistas recomendam medidas contínuas para reduzir o risco de transmissão mesmo em ambientes externos, como evitar compartilhar alimentos e bebidas e praticar os 3 M’s: máscara no rosto, manter ao menos dois metros de pessoas que não sejam membros da família e manter a higiene das mãos.A transmissão de COVID-19 em ambientes fechados é significativamente mais provável do que em ambientes ao ar livre, mas as pessoas devem continuar a evitar grandes aglomerações mesmo em locais abertos. “Para vencer o vírus temos que mudar o comportamento: o uso de máscaras, a higienização das mãos, manter a distância e evitar lugares fechados e grandes aglomerações. Isso vai parar a transmissão da COVID e todos vamos poder voltar a conviver com todos e a viver com segurança”, afirma a Dra. Fátima Marinho, epidemiologista e especialista sênior da Vital Strategies, organização global de saúde.O gráfico da Associação Médica do Texas (TMA, na sigla em inglês) aponta os diferentes graus de risco de contágio por COVID-19 que atividades cotidianas oferecem e mostra a importância das medidas de prevenção. Por exemplo, frequentar shoppings e praias estão no mesmo nível (moderado), mas cada situação deve ser avaliada para manter sua segurança. Mesmo que um shopping normalmente seja um ambiente fechado, ele pode ser espaçoso o suficiente para manter o distanciamento social e bem ventilado, reduzindo o risco de transmissão do vírus. Mesmo que as praias sejam um local aberto, elas podem estar cheias e com diversos pontos de aglomeração, o que pode ser aumentar o risco se o uso de máscara e o distanciamento social não estiverem sendo seguidos.Por isso as medidas adequadas de prevenção de infecções devem ser tomadas nos dois ambientes, o que inclui praticar os 3 M’s: máscara no rosto, mãos higienizadas e manter a distância. E, sempre que possível, evitar os 3 L’s: lugares cheios, lugares de contato próximo e lugares fechados.Orientação sobre o uso de máscarasPara controlar a COVID-19, é fundamental que os governos nacional, estaduais e municipais promovam o uso massivo de máscaras, uma medida comprovada para reduzir a propagação do coronavírus. A obrigatoriedade do uso de máscaras, o envolvimento da comunidade e as campanhas na mídia podem funcionar em conjunto para promover uma maior aderência às medidas de prevenção.A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e a organização global de Saúde Vital Strategies, por meio da iniciativa Resolve to Save Lives, são parceiras na campanha Cidades Contra COVID-19 e lançaram um novo recurso para apoiar as cidades na divulgação do uso de máscara. Para que sejam eficientes na contenção da disseminação do coronavírus, as máscaras devem ser feitas de um material eficaz e usadas corretamente – cobrindo o nariz e a boca. Para mais informações, basta acessar o guia gratuito disponível neste link. |
Sobre a Frente Nacional de PrefeitosFundada em 1989, a FNP é a única entidade municipalista nacional dirigida exclusivamente por prefeitas e prefeitos em exercício dos seus mandatos. Suprapartidária, tem como foco de atuação os 406 municípios com mais de 80 mil habitantes. Esse recorte abrange 100% das capitais, 61% dos habitantes e 75% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.Sobre a Vital StrategiesA Vital Strategies é uma organização global de saúde que acredita que todas as pessoas devem ser protegidas por um forte sistema de saúde pública. Trabalha com governos e a sociedade civil em 73 países, incluindo o Brasil, para projetar e implementar estratégias baseadas em evidências que abordam seus problemas de saúde pública mais prementes. O objetivo é ver os governos adotarem intervenções promissoras em escala o mais rápido possível. Para saber mais, visite www.vitalstrategies.org. |