Secretária Estadual de Meio Ambiente visita o Museu Minas e o Sítio Arqueológico do Gogô

    Por João B. N. Gonçalves e Hynara Versiani

    Nesta quinta-feira, 2 de fevereiro, a Secretária de Meio Ambiente de Minas Gerais, Marília Carvalho, realizou uma visita ao Museu Minas do Gogô e ao Morro Santana. Encontraram-se no Gogô representantes da mineração, do Estado, do município de Mariana e da Associação Ambiental e Cultural Zeladoria do Planeta para discutir a organização de um Parque Arqueológico nas ruínas históricas do local.

    O encontro foi guiado pelo professor, artista plástico e fundador do Museu Minas do Gogô, Eduardo Campos, que primeiro apresentou aos presentes as peças que compõem o seu acervo, que representa o contexto do cotidiano da mineração do Morro Santana e Morro Santo Antônio.
    Na sequência, todos caminharam em direção às ruínas do Gogô, para que conhecessem um pouco sobre a história do local onde nasceu o Estado de Minas Gerais.O propósito da visita foi viabilizar que o Sítio Arqueológico do Gogô se transforme em um bem público para que todos possam usufruir e conhecer um pouco do início da história de Minas Gerais.

    Durante a caminhada, Marília Carvalho destacou a importância de se preservar o Parque do Gogô: “Hoje, tivemos a oportunidade de ver a relevância da área para a região, tanto do ponto de vista ambiental, por ser uma área que possui um remanescente ambiental importante, mas especialmente, pelo resgate histórico-cultural da cidade de Mariana e de Minas”.

    Assim como a secretária, o presidente da Associação Ambiental e Cultural Zeladoria do Planeta, Fernando Benicio, informa que o objetivo maior do encontro é realizar um resgate da Igreja de Santana do Morro, que tem suas peças guardadas e abandonadas desde 2008 no Centro de Convenções Alphonsus Guimaraens, quando chegaram fruto de acordo judicial que não foi cumprido pela Prefeitura de Mariana.Além disso, há a ideia de criar o Parque do Gogô para transformar o Morro Santana e o Morro Santo Antônio em locais de turismo arqueológico, cultural e ambiental.

    A representante do Instituto Estadual de Florestas (IEF) lembrou a importância de se conhecer o local, para assim, preservá-lo. “A gente só conserva aquilo que conhecemos, por isso, é importante conhecer essa história. O empoderamento das informações é muito importante”, disse.
    Apesar da presença de figuras importantes do município, da mineração e do Estado, a Secretária de Meio Ambiente de Mariana, Sra. Denise Almeida considera que ainda é cedo para traçar perspectivas sobre o local.

    “É muito cedo, porque é uma premissa de talvez colocar uma condicionante para uma empresa privada adquirir o local. Temos que esperar o desenrolar dessa ação. Por outro lado, Denise Almeida destaca a importância de se conseguir proteger o Sítio Arqueológico e afirma que: “Se conseguirmos essa aquisição, para o município será um ganho imensurável”.

    Parque Arqueológico do Gogô
    Transformar o Sítio Arqueológico do Gogô em um espaço turístico, que preserve o patrimônio histórico-cultural de Mariana é um desejo antigo dos moradores do Morro Santana e do Morro Santo Antônio, em Passagem de Mariana. É uma história que se alongou por mais de duas décadas, mas que jamais saiu do papel.

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